sábado, 12 de maio de 2012

O caminho para a execução bem-sucedida



Lawrence Hrebiniak, continuando sua apresentação, detalhou a importância da estrutura para a execução bem-sucedida. “A estratégia afeta a estrutura, e a estrutura é importante para a implementação da estratégia”.
Com esta afirmação, Hrebiniak explicou como as diferentes maneiras de se organizar afetam os resultados. “A integração ou coordenação de diversas unidades estruturais é deficiente ou incompleta. A conexão com a estratégia durante as alterações na estrutura não é muito clara, ou muitas vezes, nem existe”.
O professor afirmou que há pelo menos cinco problemas sugeridos que levam a este cenário e que trazem ações que merecem ser tratados:
1. Medir o impacto (custos e benefícios) da estrutura.
2. Relacionar estratégia e estrutura.
3. Centralizar vs. descentralizar.
4. Integrar as unidades organizacionais e compartilhar informações entre elas.
5. Esclarecer as responsabilidades e a prestação de contas.
Especialização por processos ou propósitos?
A maioria das empresas são combinações de estruturas diferentes. A especialização por processos, ou estruturas funcionais afetam positivamente a eficiência através de padronização, repetição, elevados volumes e as economias que escoam. “Esse tipo de organização também evita a duplicação dos recursos e dos esforços, reduzindo mais os custos”, explica.
Em contrapartida, a especialização por propósito, proporciona eficácia organizando-se em torno dos clientes, dos produtos ou dos mercados. “Enquanto a especialização por processos permite que a organização ‘faça as coisas direito’ – eficiência -, a especialização por propósito ajuda a empresa a ‘fazer as coisas certas’ - eficácia”. Hrebiniak explicou que a especialização por processos pode funcionar ocasionalmente de forma contrária à eficácia, ao passo que a especialização por propósitos pode aumentar os custos, principalmente em função da duplicação de recursos.
Segundo o especialista, a questão importante a manter em mente é que tanto a centralização quanto a descentralização têm custos e benefícios. “É necessário equilibrar a ênfase nas duas formas estruturais para alcançar os resultados estratégicos e operacionais desejados para a organização”.
Centralizar ou descentralizar?
Hrebiniak afirmou que é preciso alcançar a mistura certa de centralização e descentralização para otimizar tanto a eficiência quanto a eficácia. Ele explicou que a centralização resulta em eficiência e na criação de conhecimento técnico, um ativo, recurso ou capacidade que se estende para toda a organização. E, a descentralização, resulta na aproximação dos clientes ou mercados.
As unidades descentralizadas devem depender da experiência especializada ou do conhecimento dos recursos centralizados e extrair deles o que precisa, o que pode retardar as respostas aos clientes e mercados. Já a descentralização excessiva, no entanto, pode prejudicar a eficiência geral da empresa e resultar em uma perda de competências essenciais. Por isso a importância de se alcançar o equilíbrio entre os dois recursos.
Associada à discussão da centralização, está a função de desenvolvimento do centro corporativo, que tem como foco agregar valor à organização. Hrebiniak explica que ao focar áreas ou habilidades como educação executiva, gestão estratégica e centros internacionais de excelência, as preocupações e contribuições do centro corporativo transcendem aquelas da eficiência básica e do controle de custos.
O especialista enfatizou que há impulsionadores estratégicos da escolha estrutural. Eles incluem o tipo da estratégia, a necessidade de eficiência ou eficácia, a relação entre mercados e entre tecnologias e o tamanho ou crescimento organizacional. “Esses problemas que vêm da estratégia e da análise estratégica nos níveis corporativo e de negócios afetam a escolha da estrutura”, analisa.
HSM Online
25/06/2009
Veja a cobertura completa do Special Management Program - Lawrence Hrebiniak

Fonte: http://hsm.com.br/artigos/o-caminho-para-execucao-bem-sucedida

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