terça-feira, 8 de maio de 2012

Do T&D tradicional à Universidade Corporativa: o que mudou?




Você sabe qual é a diferença do T&D (Treinamento e Desenvolvimento), nomenclatura utilizada ha muito tempo nas empresas, para a UC (Universidade Corporativa), título que ficou em voga mais recentemente no mercado?

Essa é uma pergunta que ouço sempre e acho importante abordar a questão e tentar, por aqui, clarear um pouco. Não se tem definido, ao certo, quando surgiram as Universidades Corporativas. Há, sim, alguns autores que indicam que elas já existiam nos EUA na década de 50, mas, independentemente disso, mesmo sem adotar essa nomenclatura, as mudanças na economia mundial e o aumento da competitividade forçaram as empresas a investirem em treinamento para seus colaboradores.

Uma primeira diferença fundamental que identifico está no fato de que as ações de T&D sempre tinham ou ainda tem hoje, no caso de muitas empresas, o objetivo definido de atender a uma necessidade pontual, com início, meio e fim da aplicação. No conceito de UC, apropria-se o nome de universidade para designar um apanhado de ações, recursos e estratégias voltadas ao desenvolvimento e educação de todos os públicos de interesse ligados ao negócio da empresa, de forma continuada, sempre interligadas com as metas e objetivos da organização.

Outras diferenças são apresentadas a seguir:
T&D CONVENCIONAL
UC
ATENDIMENTO DESCENTRALIZADO – VÁRIAS ÁREAS SOLICITANTES AO MESMO TEMPO
CENTRALIZA PROGRAMAS DE TREINAMENTO E OS ORGANIZA CONFORME DEMANDAS DO NEGÓCIO
AMBIENTES DE APRENDIZADOS BASEADOS EM RELAÇÃO EMISSOR/RECEPTOR, COM UTILIZAÇÃO DE RECURSOS TRADICIONAIS (SALAS DE AULA, EXPOSIÇÕES, TESTES ETC.)
AMPLIA O LEQUE DE POSSIBILIDADES DE FERRAMENTAS PARA INSERÇÃO DO COLABORADOR (NOVAS TECNOLOGIAS E METODOLOGIAS DE ENSINO AGREGADAS)
APRENDEDOR COM AÇÃO RESTRITA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
CONCEDE MAIOR AUTONOMIA AO APRENDEDOR E INCENTIVA A INTERATIVIDADE
FOCO EM AUMENTAR HABILIDADES TÉCNICAS NECESSÁRIAS AO TRABALHO
DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS PARA O NEGÓCIO


Obviamente existem outras diferenças, mas o objetivo aqui é contribuir com mais informações sobre o tema. Há vários estudos que defendem as UC’s como estruturas consistentes, que agregam valor ao negócio na medida em que reforçam a educação e o conhecimento empresarial e estimulam os colaboradores a desenvolverem suas competências e habilidades. Há também aqueles que acreditam se tratar de mais um modismo, como tantos outros que surgem e rapidamente caem em desuso ou simplesmente recebem outros nomes.

Pelo que tenho vivenciado, corroboro com a visão daqueles que acreditam nas UC’s, até mesmo porque, dentro delas, é necessário dar continuidade às ações de T&D. A mudança fundamental está justamente na visão e na estratégia que irão reger essa estrutura de maior complexidade. A UC deve operar como uma unidade de negócio dentro da empresa, gerindo os investimentos na educação corporativa de forma racional e coerente com o negócio, porque assim, será também agregadora de valor na cadeia de resultados.

Já participou ou participa de uma UC? Como você vê essas duas realidades? Compartilhe suas experiências conosco!

Até o próximo!

Ubirajara Neiva
Gestor e-Lead
Twitter: @e_lead

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