sábado, 12 de maio de 2012

Alegria é o motor da performance



O professor do MIT, Peter Senge, apresentou na primeira parte de sua palestra um estudo realizado durante 10 anos por uma equipe da Hewlett-Packard sobre performance no trabalho.
E o resultado pode até parecer surpreendente para muitos, mas o pesquisador explicou que as conclusões apenas corroboram os ensinamentos do estatístico e consultor W. Edward Deming, que defendia o bem-estar social como principal fator para uma empresa de sucesso.
Segundo Senge, o professor Deming dizia que o principal requerimento para se alcançar qualquer meta, incluindo a qualidade, é alegria no trabalho. “Existe um mito que nos EUA se vive uma boa vida. Todo mundo quer ir para os EUA, ter três ou quatro automóveis e comprar cada vez mais. Isso é mito. Mas ninguém fala sobre o nível de satisfação. Mas a verdade é que trocamos o bem-estar social pelo bem-estar material”, resumiu.
E o relatório da HP apontou como o ingrediente principal na questão da performance: a alegria. “Para entender a performance, siga a Alegria”, o título do estudo, remete aos conceitos aprendidos ao longo de uma década.  E o pesquisadores descobriram que grandes performances sustentáveis têm um padrão, um feeling e são sociais em sua natureza.
Todos os exemplos de um alto desempenho sustentável só acontecem quando você cria um nível mais alto de bem-estar social. “As pessoas sempre dizem que trabalham por dinheiro, mas é correto? O Dr. Deming dizia que essa é a primeira razão pela qual uma organização não tem alto desempenho, pois acreditam que as pessoas não têm alegria no trabalho. Todas as pessoas querem alegria no trabalho, querem ser reconhecidas e ter orgulho do que fazem”, resumiu Senge.
O alto desempenho gerado por medo é de curtíssimo prazo. E todo alto desempenho sustentável é gerado por bem-estar social. O pesquisador do MIT citou também um estudo realizado nos anos 1980 sobre empresas que sobrevivem muito tempo. As estatísticas mostram que, em toda a história, as indústrias sobrevivem em média de 30 a 40 anos mesmo tendo cenário favorável: dinheiro, talentos e produtos vencedores. No entanto, um pequeno grupo de companhias existe há muito tempo, algumas com mais de dois séculos de história.
Para Peter Senge, são empresas sabem continuamente aprender e se moldar a um mundo em rápida mutação. O professor chamou essa característica de aprendizado organizacional. Segundo o especialista, a razão de a maioria das organizações não sobreviverem se deve ao sistema de administração falho, que não soube usar o espírito coletivo e inteligência das pessoas.
“Todas as pessoas nascem com a alegria de aprender, com curiosidade, uma natureza afetuosa. A destruição, segundo Deming, começa na escola quando temos prêmios e troféus para melhor desempenho. É um sistema de recompensas para que está em cima e pressão para os que estão em baixo”, explicou Senge.
As companhias de vida longa, por outro lado, vêem a si mesmas como uma comunidade humana viva, ao invés de uma maquina de produzir lucro. O pesquisador do MIT completou ainda que um sistema de administração que não consegue gerar bem-estar social consequentemente falha em sustentar altos níveis de performance.
HSM Online
02/06/2009
Leia mais: 

Peter Senge | Alta performance sustentável
Veja a cobertura completa do Fórum Mundial de Liderança e Alta Performance 2009

Fonte: http://www.hsm.com.br/artigos/alegria-e-o-motor-da-performance

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