sábado, 12 de maio de 2012

As 4 competências básicas da liderança distribuída



"Às vezes, a melhor forma de conquistar o poder é abrir mão dele algumas vezes". Thomas Malone explica que se você tenta microgerenciar as pessoas, elas resistirão ou não terão motivação.
“Por outro lado, se você dá poder às pessoas para tomarem suas próprias decisões, elas tenderão a apoiá-lo e serão mais propensas a doar energia, criatividade e dedicação à sua causa”. Em síntese: elas terão mais sucesso, e você também.
O professor Thomas Malone ressalta que essa liderança distribuída é algo que pode se exercer de qualquer de qualquer parte de uma organização: de cima, da base, ou de qualquer lugar. “Você pode ser líder ajudando a mudar a maneira de pensar de uma pessoa a respeito do seu trabalho”. Além de mudar suas atitudes quanto ao poder, algumas habilidades específicas podem ajudá-lo a cultivar as organizações com eficiência.
Elas compõem o Modelo Sloan de Liderança, desenvolvido por Malone junto com os colegas Deborah Ancona, Wanda Orlikowski e Peter Senge, do Sloan School of Management, do MIT, e usado desde 2001 como base dos workshops do MIT sobre Liderança Distribuída. O modelo apresenta quatro competências que acredita serem importantes para a liderança distribuída:
Fazer sentido – Para cultivar uma organização com eficiência, é preciso entender o que está acontecendo à sua volta. Precisa dar sentido à realidade atual, mesmo quando ela pareça confusa ou ambígua. Ser capaz de dar sentido a muitos dados ambíguos e reconhecer tendências antes dos outros pode ser um dos fatores mais importantes para o seu sucesso.
Relacionar-se – No mundo dos negócios poucas coisas importantes são feitas por uma pessoa que trabalha sozinha. Você precisa, de alguma forma, trabalhar com outras pessoas e outras unidades organizacionais para alcançar sua visão. A sua capacidade de administrar esses relacionamentos é outro determinante fundamental de seu sucesso no cultivo. Seu sucesso vai depender de como você se relaciona com muitas outras pessoas em vários níveis em sua própria organização e em outras.
Visualizar o futuro – Cada vez mais o gerente precisará ter a sua própria visão do que a organização pode fazer. Mas um boa visão, explica Malone, não é apenas um monte de palavras que soem bem. É uma imagem concreta de um resultado com o qual você já está profundamente comprometido em atingir. “Não é uma ferramenta para comandar outras pessoas a fazer o que você quer, mas para cultivá-las de modo a fazer o que elas também querem”.
Inventar – Hoje, a adaptação a novas tecnologias, concorrentes e clientes é, muitas vezes, a diferença entre o sucesso e o fracasso. Ninguém no comando de grandes empresas pode saber o suficiente para ver e entender todas as necessidades e potenciais da mudança. “Estamos num mundo em que muitas pessoas nas organizações precisam inventar continuamente maneiras de fazer as coisas. Sua capacidade de estar sempre inventando pode ser fundamental para cultivar as pessoas”, complementa.
Malone pergunta à platéia: quais são seus pontos fortes e fracos? E chama atenção para um fator importante: “Liderança é ação e não posição. Você não é perfeito e pode desenvolver sua capacidade de liderança consolidando seus pontos fortes, fortalecendo seus pontos fracos e encontrando situações em que suas qualidades sejam importantes e que outras pessoas compensem suas deficiências”.
HSM Online
27/08/2009
Veja a cobertura completa do Special Management Program - Thomas Malone

Fonte: http://www.hsm.com.br/artigos/4-competencias-basicas-da-lideranca-distribuida

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