quarta-feira, 27 de maio de 2009

Resiliência - Como ser resiliente no ambiente organizacional?

RH » Mudança » Entrevista

Como ser resiliente no ambiente organizacional?

Élida Bezerra

Diante de tanta competitividade, instabilidade econômica e cobrança por resultados no cenário corporativo, o profissional é provado a manter o equilíbrio emocional. Todavia, para enfrentar todas essas adversidades, ele precisa desenvolver uma competência que tem conquistado cada vez mais espaço no meio organizacional e chamado a atenção da área de Recursos Humanos: a resiliência.
Identificar o problema, encarar a situação, ter uma iniciativa assertiva e manter uma postura confiante para se sobressair em meio às dificuldades são alguns dos comportamentos pertinentes ao profissional resiliente. Dessa forma, a atitude dele em relação às adversidades é que vai fazer a diferença para o seu sucesso na resolução do problema.
De acordo com Ricardo Piovan, consultor organizacional, palestrante e autor do livro "Resiliência - Como superar pressões e adversidades no trabalho", lançado recentemente, o departamento de Recursos Humanos tem um papel fundamental no processo de resiliência nas organizações. "É sua missão proporcionar o desenvolvimento desta habilidade nos colaboradores das empresas, seja através de treinamentos, palestras ou leitura de livros", comenta. Em entrevista ao RH.com.br, Piovan também apresenta os princípios para o desenvolvimento do comportamento resiliente. Aproveite para refletir acerca do assunto e faça uma boa leitura!

RH.COM.BR - O que significa resiliência nas organizações?
Ricardo Piovan - Antes de definirmos resiliência nas organizações vamos falar sobre o conceito de resiliência. Esta palavra ainda nova para os ambientes corporativos originou-se na física, sendo a propriedade que alguns materiais têm de acumular energia, quando submetidos a um esforço e, cessado o esforço, retoma ao seu estado natural, sem sofrer deformações permanentes. Veja o caso de uma vara utilizada no salto de altura: quando o atleta toma impulso para saltar, a vara curva-se, acumula energia, projeta o atleta sobre o obstáculo e depois retorna ao seu estado normal sem deformações.
A psicologia tomou emprestado este termo para definir pessoas que sofrem pressões e adversidades e mesmo assim conseguem manter-se em um estado normal, não se permitindo "quebrar" diante de tantos problemas e desafios do dia moderno.
Em minhas definições vou um pouco mais longe neste processo. Defendo que pessoas resilientes são aquelas que sofrem crises, enfrentam mudanças ou situações de forte estresse e conseguem "dar a volta por cima", transformando sofrimento em competência.
Agora se lembre de quanta pressão, adversidades, desafios e busca de resultados sofremos no nosso dia a dia no ambiente corporativo. Tudo isto aliado a um chefe autoritário e confuso. Muitas pessoas iniciam um processo de quebra, não aguentando tanto estresse. Uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA), entidade presente em vários países, demonstra que 82% dos profissionais brasileiros apresentam ansiedade em vários graus, como: dores musculares, sentidas em 96% dos entrevistados; angústia, por 78%; momentos de agressividade, em 52%; e problemas gastrointestinais, em 32%. Esses números evidenciam que os profissionais brasileiros necessitam desenvolver a habilidade da resiliência; isto é, sofrer pressões e adversidades, pois elas são inevitáveis, e mesmo assim continuar a dar resultados positivos, ficando em seu estado normal.

RH - Qual o perfil do profissional que apresenta tal competência?
Ricardo Piovan - Um dos perfis que acredito ser de grande valia vem de encontro com a emblemática frase de Kelly Young "o problema não é o problema, o problema é a atitude em relação ao problema". Minha leitura em relação a esta afirmação de Young é que a pessoa resiliente tem consciência de que sua vida será uma sequência de altos e baixos, uma verdadeira montanha russa onde existirão momentos de sucesso e êxtase, mas haverá momentos difíceis onde as dificuldades apareceram; tudo isto, tanto na vida profissional quanto na vida pessoal.
O que difere o profissional resiliente do não resiliente são as atitudes em relação aos problemas, a atitude em relação aos vales da montanha russa. A principal característica deste profissional é a ação assertiva. Ele não foca no problema, e sim na solução dele. Pessoas sem esta competência tendem a ficar com raiva da adversidade, impedindo enxergar as possíveis soluções e outras pessoas tendem a entrar na tristeza ou no medo, sentimentos que paralisa a ação. O profissional resiliente não permite entrar nestes sentimentos e com isto toma decisões e parte para a ação.

RH - Qual a importância da resiliência no mundo organizacional?
Ricardo Piovan - A palavra de ordem nas empresas hoje é resultado e na maioria dos casos resultado é fazer "mais com menos". Hoje o profissional tem que ser polivalente, cobrar o escanteio, correr e fazer o gol de bicicleta. São várias as reuniões que participo no qual temos que apresentar o andamento de algumas metas que foram estabelecidas e ao final da reunião temos duas ou mais metas estabelecidas para serem cumpridas. Agora alie tudo isso à crise global que estamos vivendo; é muita pressão e adversidade junta e o profissional tem que se manter inteiro, continuando a dar resultados positivos.

RH - Há algum recurso que auxilie o desenvolvimento da resiliência nas pessoas?
Ricardo Piovan - No livro apresento vários recursos, nos quais chamo de princípios, para a pessoa tornar-se mais resiliente. Uma delas é muito simples e prática, trata-se da consciência do sequestro da amídala.
Quantas vezes em nossos ambientes de trabalho já tivemos reações impulsivas das quais nos arrependemos depois? Seja pedindo demissão após um feedback ofensivo de um gestor ou uma discussão nada produtiva, que passa dos limites, em uma reunião, desmotivando totalmente nossa equipe. Em muitos momentos nos falta a tão famosa, mas pouco utilizada, inteligência emocional. De acordo com Daniel Golleman, há uma explicação neurológica para esse comportamento agressivo, mediante situações desagradáveis. O cérebro humano foi formado de baixo para cima, isto é, as primeiras estruturas do cérebro iniciam na parte de baixo e com a evolução outras ramificações foram formadas até chegar ao topo da cabeça. Os homens das cavernas tinham apenas a parte inferior formada e nela há uma estrutura pequena chamada amídala, onde ficam armazenadas nossas emoções boas e ruins. Assim que nossos antepassados ouviam ou viam algo, esta informação era enviada à amídala que determinava a reação dele. Ou seja, se aparece um animal, a amídala dava a ordem: "Fuja" ou "Ataque-o"; a amídala dava uma ordem emocional, por impulso, sem questionar muito a situação.

RH - E em relação ao homem moderno, o que muda?
Ricardo Piovan - Já o homem moderno, além de ter a amídala, também possui uma estrutura próxima à testa chamada neocortex que comanda nossas ações racionais, é a parte pensante do cérebro, isto é, questiona e pensa a melhor forma de executar alguma tarefa. Segundo Golleman, o problema é que a informação chega primeiro à amídala e apenas depois chega ao neocortex. Portanto, se o que está acontecendo no ambiente externo é muito intenso, a amídala pode dar o comando de "Fuja" ou "Ataque" antes que o neocortex diga "calma, vamos montar um plano de ação para resolver este problema mais assertivamente". Este processo chama-se "sequestro da amídala", onde ela não permite que o neocotex aja. Acredito que uma pessoa resiliente consegue desativar o sequestro da amídala, não permitindo reações impulsivas, elas fazem aquele famoso "contar até dez", para que a informação chegue ao neocortex e seja processada racionalmente, não permitindo assim cometer excessos que fatalmente serão catastróficos para uma solução eficaz. Eistein já dizia: "um problema não pode ser resolvido no mesmo estado emocional que ele foi criado ou descoberto".

RH - De que forma a resiliência pode ser trabalhada no ambiente corporativo, em meio à instabilidade econômica que atinge cada vez mais as organizações?
Ricardo Piovan - Como diz a música de Lulu Santos "na vida tudo passa, tudo sempre passará, a vinda vem em ondas como mar...". A simples consciência dessa frase, aliada a muito trabalho assertivo, já é suficiente para passar por esta fase. Veja a história dos Estados Unidos: uma grande depressão econômica em 1929. Findo este processo, um grande crescimento; nova crise do petróleo em 1981, mais um grande processo de crescimento e 2008, mais uma crise.

RH - Qual o papel do profissional de RH para o desenvolvimento da resiliência no ambiente corporativo?
Ricardo Piovan - O profissional de RH tem um papel fundamental neste processo. É sua missão proporcionar o desenvolvimento desta habilidade nos colaboradores das empresas, seja através de treinamentos, palestras ou leitura de livros. Estes profissionais devem introduzir a resiliência no hall de competências a serem desenvolvidas pelos funcionários das organizações. Note que em todo momento temos medo, tristeza e raiva, gerando paralisações nas tomadas de decisões ou atitudes impeditivas que nos arrependemos depois. Portanto, buscar o equilíbrio emocional para estes momentos é fundamental para o sucesso do funcionário e consequentemente da empresa.

RH - No livro "Resiliência - Como superar pressões e adversidades no trabalho", lançado recentemente, o Sr. destaca fatores para o desenvolvimento do comportamento resiliente. Quais seriam esses princípios?
Ricardo Piovan - Vamos na sequência: ter consciência de que dificuldades fazem parte da vida e é preciso conviver com elas; compreender a natureza humana e buscar o contato com seu Eu Superior; persistir lutando para superar as adversidades; encarar o problema, tomar as decisões necessárias e investir energia para solucioná-lo, e por fim, entender que as dificuldades da vida nos tiram da zona de conforto e proporcionam crescimento.

RH - Quais as possíveis adversidades que o profissional encontrará para a execução desses princípios?
Ricardo Piovan - A principal adversidade é a não consciência dos comportamentos limitantes. De acordo com Freud e Young, o ser humano, em média, consegue observar e controlar apenas 10% do seu comportamento, sendo que 90% está submerso no inconsciente, impossibilitando que ele visualize seus pontos de melhoria. No primeiro princípio do livro eu divido as pessoas em reativas, submissas e proativos e possibilito ao leitor fazer um teste para se enquadrar em uma das pessoas. Quando o teste mostra que ela é reativa - um comportamento de pessoas nada resilientes -, por exemplo, as pessoas começam a contestar o teste, dizendo que não tem fundamento, questionando cada um dos dados. Pois bem, só este comportamento agressivo já demonstra por si só que a pessoa é reativa, mas ela não percebe, ela nega este comportamento e com esta negação não há o processo de desenvolvimento para uma pessoa proativa.
Neste caso, sugerimos que a pessoa deixe o resultado em stand by e converse com pessoas ligadas ao seu convívio e questione com eles cada questão do teste, objetivando a conscientização do comportamento limitante. Uma frase de um autor desconhecido diz "Deus nos fez de um modo que não vemos nossas costas, aos outros está reservado vê-las, portanto leve em consideração o que eles veem". As outras pessoas veem os nossos 90%.

RH - Ao elaborar essa obra, qual foi o seu principal objetivo?
Ricardo Piovan - O principal objetivo foi demonstrar que a resiliência não é uma característica reservada a seres humanos privilegiados. A resiliência é uma habilidade e, como tal, pode ser aprendida e desenvolvida por qualquer um de nós. Através da consciência de comportamentos limitantes existentes em cada ser humano é possível passar por um processo de transformação e incorporar a resiliência na nossa vida profissional e pessoal.

RH - Qual foi o público-alvo do seu trabalho?
Ricardo Piovan - Procurei direcionar o trabalho para o ambiente corporativo em geral, tanto para empregadores como empregados ou profissionais liberais, pois como convivo com esse público diariamente, percebi a necessidade de iniciar um processo de conscientização de que podemos passar por pressões e adversidades com desgastes menores do que temos hoje. Mas como digo em minhas palestras comportamentos são repetitivos. Portanto, não tenha dúvida que a pessoa que não tem resiliência no trabalho também não tem resiliência na sua vida pessoal; logo, um processo de transformação no trabalho traz benefícios para a vida pessoal também, pois o ser humano é integral.

RH - Que conselhos o Sr. daria a quem busca desenvolver a resiliência, mas sente dificuldades?
Ricardo Piovan - Resiliência está ligada a comportamentos, e estes se melhoraram através da conscientização de atitudes limitantes, conforme já falamos. Existem várias formas de buscar a revisão comportamental que vai desde um auxílio psicológico, em caso extremo, até a participação em treinamentos de focam os comportamentos humanos. O feedback é outra ferramenta importantíssima neste processo. Empresas que aplicamos treinamentos de feedbacks 360º melhoram profundamente a resiliência, pois todas as pessoas contribuem para o aperfeiçoamento comportamental do outro. Para fechar, me lembrei de uma frase de Peter Drucker: "As pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos". Portanto, nada mais justo do que buscarmos o conhecimento para sermos mais resilientes.

http://www.rh.com.br/Portal/Mudanca/Entrevista/5816/como-ser-resiliente-no-ambiente-organizacional.html

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A difícil arte da liderança

04/05/2009
RH » Liderança » Artigo

A difícil arte da liderança

Jerônimo Mendes

Depois de escrever o artigo "O chefe", publicado no meu primeiro livro, reconheço que, fiquei com aquela sensação desconfortável de arrependimento. Minha impressão era a de que, cada empresa que eu visitava, cada gerente que eu apertava a mão, cada empresário que me recebia, sisudo ou sorridente, queria mesmo me dar uns bons tabefes na orelha e contestar palavra por palavra daquele artigo. Mas, com jeitinho fui esclarecendo minhas intenções e quebrando a frieza alheia, a qual, de fato, existia apenas na minha cabeça.

Os insatisfeitos, assim como eu naquela época, até elogiavam o artigo e compactuavam com as ideias ali mencionadas. Porém, como me fez refletir certa vez o Max Gehringer, em uma gentil troca de e-mails, imagine você na cadeira do presidente da empresa, lendo aquele artigo e tentando se convencer de que isso não foi escrito para a sua pessoa, afinal, chefe é chefe e qualquer crítica mais contundente lhe diz respeito.

Naturalmente, muito do que foi dito no artigo reflete a realidade nua e crua do ambiente corporativo. No entanto, a forma como foi escrito soou mais como uma explosão de sentimentos pessoais do que lições a serem ensinadas para quem deseja superar o abismo existente entre o chefe propriamente dito e o líder servidor, conceito utilizado por James Hunt, autor de O Monge e o Executivo.

Há algum tempo tive o trabalho de relacionar o nome, a empresa e a quantidade de presidentes, gerentes, coordenadores e outros profissionais de liderança que cruzaram o meu caminho durante 30 anos de carreira, completados em agosto de 2007, em oito empresas diferentes, sem mencionar aquelas com as quais tive contato, ora como cliente, ora como fornecedor. São mais de cem, nos mais variados estilos, uma escola e tanto de aprendizado.

Na primeira vez em que eu perdi o cargo de liderança e, sutilmente, fui disponibilizado para o mercado de trabalho, tinha sob o meu comando uma equipe de 65 profissionais. Naquele momento, descobri como é difícil manter a firmeza e a pose diante das pessoas que até então viam em mim, o líder, a esperança de um futuro melhor, fosse pela oportunidade profissional que concedi a eles, pelos meus exemplos ou pela forma simples de conduzi-los diante das dificuldades.

O fator preponderante no mundo dos negócios, para quem exerce papel de liderança é o resultado. E esse nem sempre aparece ou importa quando mais precisamos dele. E mais ainda, o sucesso no passado não garante o sucesso no futuro. Significa dizer que o líder vive na corda bamba, alternando entre momentos de alegria e de depressão.

Com relação à liderança, vale a pena resgatar o pensamento de Nicolau Maquiavel, autor de O Príncipe: "Aqueles que se tornam príncipes pelo seu valor conquistam domínios com dificuldade, mas os mantém facilmente; a dificuldade se origina em parte nas inovações que são obrigados a introduzir para organizar seu governo com segurança. Vale lembrar que não há nada mais difícil de executar e perigoso de manejar - e de êxito mais duvidoso - do que a instituição de uma nova ordem das coisas".

Você faz um esforço razoável na empresa, investe dinheiro do próprio bolso no aprimoramento das técnicas de liderança, domina dois ou três idiomas, persegue literalmente uma posição melhor no plano de carreira, aproxima-se do líder sem necessidade de bajular o sujeito e, quando mais espera ou menos espera, surge a oportunidade desejada. Nesse momento você lembra que chefe é aquilo que você sempre quis ser, mas odeia ter.

Com o tempo percebe-se também que quanto mais amigos você tem no trabalho, maior a probabilidade de perdê-los a cada degrau conquistado na escada do poder, por uma simples razão: o poder corrói relacionamentos. Enquanto você é um modesto colaborador e ocupa um cargo operacional, porém não menos importante, existe a grande possibilidade de dividir as tarefas, de trabalhar em equipe, de compartilhar as dores e preocupações com os colegas mais chegados e, quem sabe, até falar um pouco mal do chefe, para o bem dele, é óbvio.

A partir de agora você é o chefe, o magnânimo, e não está preparado. As relações mudam radicalmente. Além de ter que mostrar condições de exercer o cargo sem perder o espírito de equipe daqueles que se diziam seus amigos, você deve tomar o máximo cuidado para não deixar o nariz ultrapassar o nível dos olhos e para o ego não superar o saldo da sua conta corrente.

Cargos de liderança exigem uma qualidade fundamental que poucos se dispõem a conquistar e aperfeiçoar: a arte de lidar com pessoas. Isso é algo tão complexo que não se aprende da noite para o dia. Basta o ser humano olhar para dentro de si mesmo e avaliar o quanto ele torna as coisas difíceis, por mais simples que pareçam, o quanto é intransigente e, por vezes, individualista quando mais se precisa dele.

Após determinada fase da vida, as pessoas não mudam assim facilmente, apenas se adaptam a uma condição por um período. Um simples descontentamento é suficiente para fazê-las voltar à forma original. Ninguém muda alguém, nem mesmo um líder. Como dizia Tolstoi, célebre escritor russo, as pessoas querem mudar o mundo, mas não querem mudar a si mesmo. Portanto, pouco adianta ler uma infinidade de livros a respeito do assunto se o indivíduo não estiver imbuído do espírito da liderança e não mudar radicalmente a sua forma de pensar e agir.

Tornar-se um líder servidor é muito mais prático na teoria, pois demanda um esforço interior disciplinado para o entendimento da alma humana. O resultado é determinado pelo nível de paciência, de humildade, de respeito, de honestidade e de comprometimento com o desenvolvimento das pessoas.

Líder é aquele que consegue extrair resultados positivos através da sua habilidade de influenciar pessoas em torno de objetivos comuns. Entretanto, as pessoas têm seus próprios objetivos e, por uma questão de sobrevivência, são remuneradas para atingir objetivos alheios. Isso conflita com os seus interesses.

Desejo muito que você passe por essa fantástica experiência de liderar uma equipe ou de administrar uma empresa e, quando isso acontecer, torço para que conserve a essência da liderança. Ela terá tudo a ver com o seu caráter ou com a falta dele, portanto, considere as seguintes atitudes e comportamentos para se tornar um líder em absoluto:

1. O líder vê a liderança como responsabilidade e não como um cargo ou privilégio. Se as coisas não caminham conforme o planejado, o líder não sai pelos cantos procurando culpados; ele assume a culpa e refaz o caminho.

2. A liderança surge quando as pessoas são capazes de trabalhar duro porque acreditam nos objetivos, na missão, na visão e nos valores da empresa, não porque existe alguém com o chicote ou o cronômetro em cima delas; você não precisa bater o punho na mesa para adquirir o respeito do grupo.

3. Quando você é líder, as pessoas estão avaliando seu comportamento, portanto, o seu caráter está em jogo; preocupe-se mais com o seu caráter do que com a sua reputação; ele representa exatamente aquilo que você é.

4. Um simples cartão de visita faz de um profissional um presidente de empresa ou um diretor; pouco importa se a empresa fatura 10 milhões ou 10 mil reais, se dispõe de dez ou de 10 mil empregados. Entretanto, somente a consciência do papel da liderança e o aprendizado constante transformam um simples recém-formado da USP ou o recém-chegado de Harvard em um líder por excelência; penso que esse processo dura, no mínimo, uma geração.

5. O líder é feito de carne, osso e espírito; eu creio, portanto, antes de criticá-lo, imagine-se no lugar dele, torça pelo seu ótimo desempenho e, se julgar conveniente, prepare-se para o lugar dele de forma discreta, sem ter que puxar o seu tapete; além de antiético, é reprovável, deselegante e não agrega nada ao seu currículo.

6. Um líder por excelência não precisa de uma platéia para promover o seu show particular, a exemplo de muitos que encontrei pelo caminho e que faziam questão de reunir três ou quatro, no mínimo, para humilhar um simples operário e demonstrar poder. Se sentir necessidade de promover um show de vez em quando, associe-se a um grupo de teatro voluntário e convide amigos para assistir; é muito mais louvável e sensato.

7. Nenhum líder é eterno. Todos os cargos de liderança são transitórios, portanto, se você reprova o chefe, por razões estritamente profissionais, e não pessoais, não sofra por antecipação; não há chefe incompetente que resista à clava do destino, segundo Napoleon Hill, e um dia, quando você menos espera, ela desce sobre a cabeça dele ainda que você não lhe deseje esse mal; e a clava não é feita de algodão.

Portanto, ainda que você seja o chefe ou o líder, se preferir, e o seu chefe estiverem com os nervos à flor da pele, dê a ele um crédito até que recobre o seu o juízo perfeito. O comportamento muda, mas a sua natureza não. Sob extrema pressão, a natureza humana é incapaz de se controlar. Nessas condições, falta-lhe equilíbrio e serenidade e ele volta a ser um simples mortal, sujeito a erros e deslizes de toda ordem.

Por fim, lembre-se: a liderança é uma qualidade que deve ser adquirida. As pessoas anseiam por reconhecimento e um propósito de vida. Se você conseguir ajudá-las a entender essa necessidade, certamente estará influenciando seu modo de pensar e agir e, por consequência, os resultados serão os melhores possíveis para a equipe e para a organização. Pense nisso e seja feliz.

Palavras-chave: liderança

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http://www.rh.com.br/Portal/Lideranca/Artigo/5936/a-dificil-arte-da-lideranca.html

A Síndrome de Donald e os padecimentos do faz-tudo

14/04/2009 - Magia da Gestão - Carlos Alberto Júlio
A Síndrome de Donald e os padecimentos do faz-tudo
Nascido em 1934, nos estúdios Disney, e popularizado no traço de Carl Barks, o Pato Donald divertiu gerações, levantou discussões importantes sobre a vida familiar e definiu um padrão de comportamento do indivíduo em relação ao trabalho.

Donald é o típico faz-tudo. De vez em quando, ao lado do primo Peninha, atua como repórter no jornal A Patada. Noutras ocasiões, figura como ajudante nas aventuras de caça ao tesouro empreendidas por Tio Patinhas. Não raro, assume mais atividades, atacando até mesmo de super-herói, por meio de seu alter ego, o Superpato.

Pode-se dizer que Donald é versátil. No entanto, também é legítimo afirmar que seja um sujeito sem foco. Até mesmo na vida pessoal, parece um sujeito sem rumo. Desperdiça energia na infindável contenda com o vizinho Silva. Ao mesmo tempo, é incapaz de estabelecer uma relação sólida com a bela Margarida, frequentemente seduzida pelo sortudo e frívolo Gastão.

Na verdade, o irritado Donald é um pato antropomorfizado. Mistura características da simpática ave e dos seres humanos. Afinal, um pato faz de tudo. Nada, anda e voa. Mas realiza tudo isso sem muita qualidade.

Dependendo da espécie, pode nadar pior do que uma tartaruga, andar desajeitado como um gato perneta e voar tão estabanadamente quanto uma galinha.

Mas o que o ilustre habitante de Patópolis tem a ver com o universo das organizações e de seus gestores e colaboradores?

Simplesmente, tudo!

Em minhas andanças pelo Brasil e pelo mundo, topo frequentemente com pessoas versáteis que reclamam do destino. Fazem muito de tudo, mas seus negócios não prosperam. Outras reclamam que suas carreiras estão empacadas. Falta-lhes já entusiasmo, ao passo que sobra frustração...

Ora, depois de analisar essas histórias, muitas vezes descubro que esses indivíduos, alguns competentes e até talentosos, carecem de foco.

José não sabe se investe na fábrica de escovas de dentes, na criação de gado ou na carreira de ator. Maria não se decide entre a Fisioterapia, cujo curso concluiu há dois anos, a fabricação de doces caseiros e o emprego de vendedora na joalheria do shopping da região.

Curiosamente, a sociedade tende a valorizar esse tipo de multifuncionalidade. Essas pessoas são identificadas com trabalhadeiras e esforçadas.

Certamente que são, como milhões e milhões de brasileiros, praticantes da boa versão do jeitinho.

Muitas dessas experiências, no entanto, exibem ausência de foco. Maria poderia se tornar uma ótima fisioterapeuta, uma próspera empresária do setor alimentício ou uma gerente bem remunerada na joalheria. Infelizmente, não sabe o que quer e tem medo de decidir...

Primeiramente, a má notícia: Maria está acometida da Síndrome de Donald... (Você, caro leitor, não estará padecendo da mesma enfermidade?)

Agora, a boa nova: existe cura. E a terapia se divide basicamente em cinco atitudes.

1. “Conhece-te a ti mesmo”, como sugeria o filósofo grego Sócrates. Descubra seus talentos e identifique seus sonhos.

2. Depois, ofereça a si mesmo a indagação: o que desejo para mim e para o meu negócio?

3. Analise o mercado e a conjuntura econômica e determine a viabilidade de seus planos.

4. Procure descobrir seu diferencial em relação aos demais. Afinal, o que você faz muito bem? O que você faz bem que os outros não fazem?

5. Defina um plano de voo. Estabeleça uma estratégia para trilhar o caminho entre o que você é e aquilo que pretende se tornar.

A receita é simples, mas exige dedicação. Avalie seu conhecimento da atividade escolhida, meça sua energia e verifique seus meios antes de fixar metas. Alcançar o sucesso dependerá de um bom inventário de suas competências e recursos.

Possivelmente, você encontrará falhas em sua formação. Verá que ainda não sabe tudo que deveria saber. Sinal de que precisa investir em reciclagem, treinamento e incremento de qualidade.

Essa regra vale tanto para quem pretende massagear melhor que a concorrência quanto para alguém que pretende lançar escovas de dentes inovadoras.

Poucos atributos no mundo dos negócios são tão importantes quanto o foco. Um empreendedor como o nosso José, que busca sucesso em três frentes simultâneas, tem tanta chance de triunfar quanto um astrônomo que, a bordo de um carro de montanha russa, tentar mirar seu telescópio em Saturno e decifrar os segredos de seus anéis.

Ter foco equivale a negar o Donald que temos dentro de nós. Ter foco equivale a abraçar um grande projeto de cada vez, dispensando a ele toda a energia necessária.

A partir de amanhã, coloque em prática esta lição. Guarde seu pato no armário e busque ajustar o foco de suas atividades. Afinal de contas, a teoria, na prática, funciona!

Por Carlos Alberto Júlio é presidente da Tecnisa e membro dos conselhos da HSM e da Camil Alimentos. E-mail: julio@carlosjulio.com.br.


É tempo de atitude

14/04/2009 - Gestão de Pessoas - Robert Wong
É tempo de atitude
Crise é transformação. Encare-a como um desafio e, com atitude proativa, abra oportunidade para o novo.

É fato que estamos vivenciando um momento de crise. Não se ouve falar e não se vive outra coisa. No entanto, a crise pode ser devastadora se vista como um problema. Contamina o dia-a-dia, o pensamento, a esperança, a atitude das pessoas nelas envolvidas. E, por fim, a realidade que está sendo criada a cada instante. Mas, então, como encarar esse momento?

Vejamos. Até pouco tempo vivíamos um clima de euforia, com bolsas em alta, consumo desenfreado e capital abundante. Era de se esperar que as coisas fossem dar uma reviravolta, pois o pêndulo chegou ao seu ponto mais alto, natural e esperado que ele fosse retornar para o outro extremo. Em um movimento natural pela procura do próprio equilíbrio.

A natureza nos ensina esta valiosa lição, pois ela sempre anseia o estado de equilíbrio. Então, não será este um momento de transformação para a busca do equilíbrio? Não será isso um desafio para buscarmos novas oportunidades e criarmos uma nova realidade?

A diferença está na atitude. Atitude é a reação ou postura que adotamos frente aos acontecimentos ou situações. Se enfrentarmos os desafios de maneira negativa, criaremos um problema real. Problemas são resultados de desafios em que assumimos uma postura reativa e não proativa. Caso você encare o desafio com atitude positiva, você cria uma oportunidade.

Os desafios, em sua maioria, fogem ao nosso controle. No entanto, a atitude está sob o nosso controle. Há um ditado que diz o seguinte: “Existe uma pequena diferença entre as pessoas, mas essa pequena diferença faz uma grande diferença. A pequena diferença chama-se atitude. A grande diferença é se ela é negativa ou positiva!”

Como a saúde, a qual só damos valor geralmente quando a perdemos. Zele, invista e valorize o seu emprego – enquanto você o tem. É sempre bom relembrar que a melhor época para cuidar da sua salubridade é quando você está com saúde.

Igualmente, a melhor época de cuidar da sua empregabilidade é quando você tem um emprego. Inclusive há uma diferença imensa entre emprego e empregabilidade, pois procurar emprego é você reagir perante o que o mercado tem de melhor para lhe oferecer, enquanto que trabalhar a sua empregabilidade é você investir em si próprio e assim mostrar ao mercado o que você tem de melhor para oferecer. Você passa de uma postura reativa para uma postura proativa. Que diferença!

Encare o momento como um desafio. É tempo de atitude. Aproveite este período de para investir em si próprio, retomar seus contatos e trabalhar o seu autoconhecimento que vai gerar a autoconfiança, a característica mais essencial para o sucesso. Tenha atitude proativa e dê o melhor de si, realizando todo seu potencial e criando oportunidade para o novo.

Por Robert Wong (autor dos livros “O Sucesso Está no Equilíbrio” e “Super Dicas para Conquistar um Ótimo Emprego” e um dos palestrantes mais inspiradores e requisitados do mercado)

Forme outros líderes, não apenas seguidores

14/04/2009 - Cabeça de Líder - Cesar Souza
Forme outros líderes, não apenas seguidores

Quando pensamos em liderança, a primeira imagem que vem à mente é a de uma pessoa iluminada andando à frente, com um grupo de seguidores tentando correr atrás. Nada mais obsoleto que essa visão do papel do líder. Os verdadeiros líderes não formam apenas seguidores – formam outros líderes!

Talvez você compreenda melhor essa provocação, se me acompanhar em uma analogia. Vamos pensar como evoluiu a percepção sobre o que é ser “gênio”. No passado, era aquele que saía de dentro da lâmpada, lembra? Genial era inventar um produto, fazer uma descoberta científica ou ter um lampejo de inspiração em um momento mágico.

Quando a inovação e a imaginação humana tornaram-se a matéria-prima que diferencia o sucesso do fracasso, o gênio passou a ser aquele capaz de criar um ambiente que permitisse a genialidade dos outros florescer e contribuir para o sucesso empresarial. Longe do culto a uma personalidade ou aos seus feitos do passado, gênio é aquele que cria condições favoráveis para despertar a genialidade nos outros. Um exemplo universal é o Walt Disney que foi genial, não apenas porque criou personagens como o Mickey e o Pato Donald. Ele o foi porque criou uma cultura empresarial em que novos personagens de sucesso continuam sendo criados mesmo após o desaparecimento de Disney há bastante tempo.

Voltando ao questionamento inicial, o líder competente não é mais aquele que tem atrás de si um grupo de pessoas que segue fielmente o rumo traçado e são recompensados pela sua lealdade. Essa é uma visão elitista da liderança, que precisa ser desmistificada. Os líderes competentes são aqueles que têm, em torno de si, pessoas capazes de exercer a liderança, quando necessário. Eles criam estruturas, mecanismos, atitudes e posturas que estimulam o desenvolvimento do líder que existe dentro de cada um com quem convivem. Formam, assim, outros líderes.

E fazem isso, porque já perceberam que as empresas necessitam de líderes em quantidade muito maior do que no passado. Vejamos alguns motivos: as grandes empresas estão se reestruturando em unidades negociais menores e mais autônomas, para se tornarem mais competitivas; em momentos de crise como o atual, as empresas precisam estar muito mais próximas de seus clientes e comunidades; as áreas funcionais precisam mais do espírito empreendedor e menos do burocrático. Precisam mais de líderes do que de chefes.

Sabemos que uma maior fatia de mercado, rentabilidade, lucros e ebtida são ativos perecíveis, podem desaparecer em pouco tempo. Como demonstrou a volatilidade de empresas que pareciam sólidas até seis meses atrás. Os líderes que desejam perpetuar suas empresas precisam não de seguidores leais, mas de líderes capazes de empunhar a causa da empresa no momento seguinte.

Enfim, parece inquestionável que, em vez de poucos líderes no topo da pirâmide como no passado, as empresas competitivas passaram a necessitar de muitos líderes em todos os níveis. As empresas vencedoras serão aquelas que souberem montar verdadeiras fábricas de líderes de qualidade, não apenas produtos de qualidade.

Por essas razões, o líder eficaz passou a ser aquele que souber criar condições para que a liderança se manifeste nas outras pessoas. Em vez do mítico líder carismático que serviu de modelo na Era do Comando, os líderes eficazes serão aqueles capazes de arquitetar e implantar formas de organização que permitem o florescimento da liderança nos outros.

Muito diferente daqueles líderes que sofrem da Síndrome da Branca de Neve e preferem cercar-se de pessoas menores para brilhar na incompetência da sua equipe. Ou na lealdade cega de seus seguidores.

O líder eficaz cria condições para que seja revelado o potencial de liderança das pessoas com as quais convive. Não é mais aquele que tem talento apenas para comandar. Os líderes dessa era que se finda foram especialistas em construir paredes que delimitavam muito bem o território de ação de seus departamentos ou da empresa como um todo. Brilharam na especialização de atividades e formaram seguidores baseados na cultura do “cada macaco no seu galho” e no “manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

Daqui para frente, vão brilhar os líderes que souberem formar outros líderes, que souberem construir pontes entre os diversos departamentos, entre a empresa e seus clientes, com seus canais de distribuição, investidores e comunidades onde atuam. Mas isso é tema para a próxima coluna aqui no Portal HSM Online. Proporei que você seja um líder 360 graus, e deixe de ser apenas um líder 90 graus, como a maioria ainda é.

Por César Souza, presidente da Empreenda, empresa de consultoria em estratégia, marketing e recursos humanos, além de autor e palestrante.

http://br.hsmglobal.com/notas/44026-forme-outros-lideres-n%C3%A3o-apenas-seguidores

Um currículo virtual bem elaborado

Recursos Humanos
Um currículo virtual bem elaborado

Este artifício é cada vez mais usado como diferencial pelos candidatos a novos empregos. Confira!

O currículo virtual é uma realidade cada vez mais presente na vida dos que procuram um emprego. Se antes a versão de papel era exigida por todas as empresas, agora, tal prática está em desuso. A principal dúvida de quem busca uma oportunidade por meio de um portal de recrutamento online, é a forma como se deve preenchê-lo.

Visto que o currículo é fundamental para a conquista do emprego, já que é o primeiro contato entre o empregador e o candidato, este deve ser feito corretamente pois se caracteriza como o cartão de visitas do profissional. Por conta disso, listo alguns itens que merecem atenção.

Confira as informações antes de gravá-las

Qualquer erro de digitação que acarrete em erros gramaticais, por exemplo, pode denegrir a imagem do candidato. Outra coisa importante é ter atenção no preenchimento dos dados pessoais. Se você digita errado o número do seu telefone ou e-mail, isso fará com que a empresa não consiga localizá-lo;

Se possível, crie duas contas de e-mail

Uma das contas servirá para mensagens pessoais e outra para fins profissionais. Além de ajudá-lo na sua organização pessoal, esta medida evita constrangimentos com endereços de e-mail. Uma dica para abrir sua segunda conta é que coloque seu primeiro nome e o sobrenome, separados por um ponto ou underline. Isso passa mais seriedade a quem o vê;

Lembre-se de atualizar seu currículo virtual periodicamente

Não deixe que as informações contidas nele estejam velhas e ultrapassadas. É normal alguns profissionais mudarem de emprego ou então de número de telefone e esquecerem de atualizar seus dados em todos os lugares em que cadastraram seu currículo virtual. Essa atualização é de grande importância para que você não perca nenhuma oportunidade.


Além dessas práticas, a questão do espaço disponibilizado pelos sites de recrutamento também é extremamente importante. Perguntas como "qual é a melhor forma de colocar, em poucas palavras, toda a minha experiência profissional?" ou "não tenho muita bagagem, é meu primeiro emprego, o que faço?" são muito comuns.

Dessa forma, deixo como dica para os experientes o seguinte: avalie as informações que de fato são imprescindíveis e seja o mais sucinto possível. Destaque a promoção que obteve nas empresas anteriores e coloque apenas cursos de relevância profissional, por exemplo. Lembre-se: um bom candidato precisa saber sintetizar e priorizar. Assim, ele passará para a empresa uma imagem de que, caso seja contratado, será capaz de fazer o mesmo no ambiente de trabalho.

Já os mais jovens, que em geral não tem muitos cursos e experiência anterior, sejam sinceros e criativos para explorar outros campos que não os da bagagem profissional. Um exemplo: na hora de colocar "outras informações" inclua trabalhos voluntários realizados e esportes que pratica (preferencialmente os de grupo). Isso passa para o empregador a sensação de que você está preocupado com questões sociais e de que é capaz de trabalhar em equipe.


Por Renato Grinberg (especialista em mercado de trabalho e diretor geral da Trabalhando.com.br).
HSM Online
27/04/2009

http://br.hsmglobal.com/notas/44259-um-curriculo-virtual-bem-elaborado

Dicas para uma entrevista de emprego

Recursos Humanos
Dicas para uma entrevista de emprego

Saiba como se portar em uma entrevista de emprego neste artigo preparado por um especialista no assunto.

Para a maioria das pessoas que procuram um emprego, a entrevista é sempre um momento de tensão e de nervosismo: o profissional quer passar a melhor impressão ao entrevistador, mas conseguir isso pode ser muito complicado se ele não estiver preparado.

Por isso, é importante seguir algumas regras simples que podem fazer a diferença entre ser ou não a pessoa escolhida para ocupar a posição:

- Pesquisar com antecedência dados sobre a empresa, inclusive como chegar ao local da entrevista, faz com que você esteja mais preparado, diminui a sua ansiedade e evita situações de estresse desnecessárias que podem afetar seu desempenho.

- Nunca esqueça que uma entrevista é uma situação formal e que a primeira impressão do entrevistador sobre o candidato influencia na sua decisão. Por isso, capriche na apresentação pessoal. Mulheres não devem usar decotes, maquiagem e perfume muito fortes nem saia acima do joelho; homens devem usar terno e gravata e ter a barba bem feita.

- Fique atento à forma como você se comunica: é fundamental transmitir segurança, simpatia, entusiasmo e disposição. Para tanto, fale de forma tranquila, não gesticule demais e preste atenção no que é perguntado.

- Não deixe que suas emoções e seu nervosismo prejudiquem o seu desempenho: nunca critique as empresas onde trabalhou anteriormente e fique atento para não admitir pontos negativos que possam prejudicá-lo.

- Esteja preparado para falar de seus pontos fracos. As empresas sabem que nenhum profissional é perfeito: elas buscam profissionais que têm consciência de seus pontos fracos e que trabalham para superá-los.

- Prepara-se também para falar sobre os seus objetivos profissionais para o futuro. Mostre que você sabe exatamente aonde quer chegar e que está focado na busca de seus objetivos.

- Encare a entrevista não como uma ameaça, mas como uma oportunidade de mostrar a sua capacidade e competência: aproveite as perguntas do entrevistador para contar tudo o que já realizou em outros empregos, como agiu em situações decisivas e quais foram os resultados alcançados.

- Tome cuidado para não se mostrar arrogante na entrevista: é importante demonstrar autoconfiança e segurança, mas sem exageros. Também não seja excessivamente humilde: deixe claro que você trouxe muitos resultados em suas experiências de trabalho anteriores.

- Por fim, sobre o tema salário: espere que o entrevistador aborde o assunto e quando isso ocorrer, não arrisque um valor muito alto (o que poderá acabar com suas chances), nem um valor muito baixo. A dica é se informar sobre os salários pagos por outras empresas do mesmo ramo e revelar ao entrevistador quanto você ganhava em seu emprego anterior, deixando aberta a possibilidade de negociação.

Por Marlene Amorim (consultora da Career Center, empresa especializada em gestão estratégica de Recursos Humanos e Outplacement. Website: www.careercenter.com.br)
HSM Online
27/04/2009

http://br.hsmglobal.com/notas/44258-dicas-uma-entrevista-emprego

Por que você trabalha?

Recursos Humanos
Por que você trabalha?

Professor conta como ficou surpreso com seus alunos ao perguntar se salário motiva alguém. Leia mais!

Definitivamente, eu não aprendo. Outro dia fui cair na besteira de dizer aos meus alunos de Administração da Faculdade que salário não motiva ninguém e quase fui linchado. Um dia isso ainda vai acontecer. E será bem-feito para mim. Não é a primeira vez que digo isso e, mesmo tendo sempre a mesma reação da maioria dos alunos, continuo fazendo a mesma coisa. É como diz o ditado: o burro pede a Deus que o mate e ao diabo que o carregue.

Na verdade, a pergunta inicial, e que acabou incitando os protestos, foi sobre qual era o verdadeiro significado do trabalho na vida das pessoas. Pergunta tola, como se sabe, já que, como bem disse o primeiro da fileira, rindo muito, e no melhor estilo da Escolinha do Professor Raimundo: “Todo mundo aqui sabe que as pessoas trabalham pelo salário, para sobreviver”.

Olhei para o restante da turma, pois aquele “todo mundo aqui” comprometia o restante do grupo, buscando uma única alma que fosse capaz de se apresentar para desfazer o que penso ser um equívoco. (Minha esperança veio da lembrança de que até nos programas humorísticos, como o citado anteriormente, tem sempre um gênio de plantão para explicar, com pormenores, a resposta certa. “Eu queria ter um filho assim...”, como dizia o jargão do Chico Anísio).

Porém, diante do silêncio de todos, fui obrigado a continuar a olhar para o aluno da primeira fila que, sem vacilar, lascou uma nova observação, ainda mais contundente: “E o senhor, Professor. Vai me dizer que o senhor trabalha porque gosta?”. São de fato interessantes as perguntas que começam com “Vai me dizer...”, porque elas têm o poder de tornar o interlocutor um perfeito idiota, caso ele se arrisque a responder qualquer coisa: Vai me dizer? Eu não!

Como eu já me confessei burro e, como diz outro ditado, para burro velho, capim novo, resolvi continuar desafiando o corpo discente e respondi que sim. Sim, eu trabalho porque gosto. E daí? Ele riu novamente, e diante de sua autoridade de primeiro da fila, acabou concluindo que se eu trabalho porque gosto isso deve ser sinal de que também seria capaz de trabalhar de graça para alguém. Lógico que sim, por que não?

Tem muita gente aí que faz isso, caro pupilo. E tem mais: conheço gente que trabalhando de graça para alguém ou alguma instituição é muito mais feliz que muitos executivos que ganham milhares de dólares trabalhando para uma empresa com fins lucrativos. Perguntei a ele se alguma vez ele já tinha ouvido falar num sujeito chamado Betinho. Não, ele não conhecia o Betinho. Irmão do Hen... Esquece. Dona Zilda Arns. De novo, nenhum rosto se iluminou na classe. Arrisquei uma dica, na esperança de que alguém se lembrasse, dizendo que ela é irmã de D. Paulo Evaristo Arns. Afinal, não somos um país de maioria Católica? Dom o que? Esqueçam. Viviane Senna!!! Aí alguém disse: por acaso, ela não seria alguma coisa do Ayrton Senna? Isso!

Ela tem uma empresa que trabalha – nesse momento fiz questão de grifar a palavra “TRABALHA” com um grito, antes que alguém concluísse que o Instituto que ela dirige se trata apenas de um hobby sem importância que ela costuma utilizar para se divertir nas horas vagas. Eis aí um bom exemplo de pessoa, cara pálida, que trabalha por uma causa, por uma missão, por um significado maior do que simplesmente comprar e revender algo com lucro para o mercado ou em troca do salário no final do mês – nesse momento eu estava vociferando, não de ódio, mas de emoção – que é muito mais nobre e digno que o lucro!

Pois dizer que se trabalha por dinheiro seria como dizer que as pessoas vivem para respirar. Alguém aqui vive para respirar? 4 levantaram meio-braço. Respirei fundo e continuei: o oxigênio é importante, mas ninguém vive em função dele, espero. Aliás, já repararam que a gente só percebe que o ar existe quando falta? O mesmo acontece com o dinheiro. Entenderam? Novo silêncio. O dinheiro deve vir como conseqüência da aplicação inteligente de nossos melhores talentos, competências e valores. É isso que deve dar sentido para tudo aquilo que fazemos. O dinheiro...

Nesse instante, uma aluna levantou o braço direito e perguntou:

- Professor, são 9 horas. O senhor não vai fazer a chamada?


Por Gilberto de Moraes (psicólogo, coach, consultor e professor universitário. pós-graduado em planejamento estratégico de recursos humanos).
HSM Online
27/04/2009

http://br.hsmglobal.com/notas/44257-por-que-você-trabalha

Só o entusiasmo faz a diferença

São os verdadeiros líderes que mostram a disposição e identificação com o seu trabalho.

Neste feriado, resolvi fazer algo diferente. Convidado por amigo para me desligar um pouco dessa rotina enlouquecedora do mundo dos negócios, eis que fui parar no hotel Paraíso Eco Lodge, localizado em Ribeirão Grande, a 260 quilômetros de São Paulo. Confesso que fiquei bastante surpreso com o que encontrei.

Não só pelas instalações de bom gosto que se diferenciam dos tradicionais roteiros de ecoturismo – os dez bangalôs e chalés temáticos remetem às culturas da Ásia, África e América. Ou mesmo por estar no meio de uma das mais importantes áreas de reserva de Mata Atlântica do Brasil.

O que mais me chamou a atenção, na verdade, foi o entusiasmo de seu proprietário, Manoel Pereira. Logo que cheguei, reconheci ali na minha frente um empreendedor nato, que gosta do que faz. Característica intrínseca a todo empreendedor que se preze. Sua dedicação e amor ao negócio contagiam as pessoas, levando-nos a ter a sensação de estar no melhor lugar do mundo.

É isso que falta a maioria dos que se dizem empreendedores. Não basta apenas ser um líder que inspira, se faltam ousadia e visão. É preciso ter garra, força, vontade, coragem. Nos momentos de crise, não coleciona fracassos, mas enxerga oportunidades onde quer que elas estejam – mesmo que escondidas a olhos nus.

Não basta ser carismático. É preciso fazer acontecer, saber conduzir o barco. Quantos líderes carismáticos existem por aí e mais tarde os vemos na mídia taxados como incompetentes, reféns de uma má gestão? Só os cérebros iluminados e capazes sobrevivem aos altos e baixos.

E não há mágica, nem mistério. Por trás de todo empreendedor de sucesso há um eterno apaixonado por tudo que faz. É obstinado e não tem vergonha de ir atrás de seus objetivos. Um empreendedor de sucesso é um eterno insatisfeito, que nunca se acomoda, muito menos desiste. Transforma sonhos em resultado e leva consigo seguidores fiéis.

Como bem diz o também colunista da HSM, César Souza, “o líder inspirador cria um clima de ética, integridade, confiança, respeito pelo outro, transparência, aprendizado contínuo, inovação, proatividade, paixão, humildade, inteligência emocional”. Nada mais sábio.

A propósito, como está o seu lado empreendedor?

Por Julio Sergio Cardozo é CEO da Julio Sergio Cardozo & Associados e professor livre docente da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Website: www.cardozo-group.com.

Este texto foi publicado, originalmente, no Blog da HSM. Para ler este e outros post, clique aqui:http://hsm.updateordie.com/.

HSM Online
27/04/2009

http://br.hsmglobal.com/notas/44256-so-o-entusiasmo-faz-diferença-

Carreira em evolução


Recursos Humanos
Carreira em evolução

Assumir a responsabilidade pela sua carreira ou apenas deixar a empresa decidir sua trajetória profissional?

Você é aquela pessoa que percebe a sua carreira como responsabilidade exclusiva da empresa? Acredita que sua ascensão é uma questão de sorte, ou seja, estar no lugar certo na hora certa? Ou assume a responsabilidade pelo seu plano de carreira, prepara-se, tem consciência que pode fazer escolhas e investir por conta própria no seu desenvolvimento?

Evolução
No passado, a carreira de uma pessoa tinha como característica “vida na empresa”, quanto mais tempo você trabalhava na mesma empresa, mais você era remunerado e, normalmente, as possibilidades de ascensão eram verticais. Sendo assim, as empresas eram responsáveis pela carreira dos seus empregados.

Na década de 80, a descrição de cargos vira moda nas grandes empresas com o objetivo de promover planos de carreira aos seus colaboradores. Mas, como nem todos desejavam e tinham aptidão para assumir um cargo de chefia, surge a carreira em Y que dá opção de seguir dois caminhos diferentes, ser promovido para um cargo de chefia ou tornar-se um especialista.

Com a globalização, o advento das novas tecnologias e as mudanças incessantes e constantes que vêm afetando o ambiente empresarial desde a década de 90, surge a necessidade de adaptação a tais fatores por parte das empresas e dos profissionais. Diante disso, o lema vira “empregabilidade”, palavra que vem do inglês employability e significa o conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos que tornam um profissional preparado e importante não apenas para a empresa em que atua, mas para qualquer companhia que tenha a necessidade de contratá-lo.

E hoje?
Atualmente, quem compete no mercado de trabalho investe mais por conta própria na formação, negocia seu talento com mais desenvoltura e assume total responsabilidade pela pelo seu plano de carreira independentemente da empresa em que trabalha. Esta é a aplicação, na prática, do conceito de carreira sem fronteiras, descrito há alguns anos pelo professor britânico Michael Arthur.

Invista no autoconhecimento
A parte mais importante, desafiante e constante no desenvolvimento profissional é, sem dúvida, conhecer a si mesmo, reconhecer os seus valores e ter clareza dos seus talentos. Caso contrário, pode cair em armadilhas quando se executa um trabalho que demanda pouco dos pontos fortes e muito dos pontos fracos, perder o foco e ter uma visão limitada das possibilidades que surgem devido a uma insegurança de quem não se reconhece.

Explore todas as oportunidades
Boa parte das pessoas, ainda, limita-se a orientar as suas carreiras apenas considerando o organograma e plano de cargos e salários da empresa em que atua. Procure explorar oportunidades dentro e fora da empresa, em busca de tendências e de opções alinhadas com seus objetivos.

Seja estrategista e crie objetivos que dependam de você
É imprescindível ter metas definidas com prazos para serem alcançadas. Porém, tome cuidado ao definir que em 3 anos você tem como objetivo alcançar o cargo X, pois esse é um referencial externo que depende de terceiros e você corre o risco de se frustrar. Sugiro que tenha como objetivo principal algo que dependa única e exclusivamente de você. Responda a pergunta: “Como posso estar mais realizado profissionalmente daqui a 2, 5 ou 10 anos?”. Em seguida, trace objetivos secundários que, neste caso, podem estar relacionados a assumir a liderança da equipe y na empresa A.

Foque na ação para alcançar a realização
Os objetivos definidos serão possivelmente alcançados quando você traçar um plano de ação consistente. Crie mini metas para serem alcançadas e especifique quais serão os indicadores de sucesso. Para isso, responda a pergunta: Como saberei que estou alcançando meus objetivos na carreira?

Monitore, comemore e mude se for preciso
Revise, constantemente, o seu plano de carreira verificando se os indicadores de sucesso estão sendo alcançados e, em caso positivo, comemore. Esteja aberto aos resultados e se for preciso mude.


Por Carlos Cruz (coach executivo e de equipes, conferencista em desenvolvimento humano e diretor da UP Treinamentos & Consultoria. Website: www.carloscruz.com.br)
HSM Online
27/04/2009

http://br.hsmglobal.com/notas/44255-carreira-em-evolução

domingo, 3 de maio de 2009

Piadinha - GESTÃO DE RESULTADOS

GESTÃO DE RESULTADOS

Em uma cidade do interior, viviam duas mulheres que tinham o mesmo nome, Flávia.
Uma era freira e a outra taxista.
Quis o destino que AMBAS morressem no mesmo dia. Quando chegaram ao céu, São Pedro as esperava.
_ O teu nome?
_ Flávia
_ A freira?
_ Não, a taxista.
Pedro consulta as suas notas e diz:
_ Bem, ganhaste o paraíso. Leva esta TÚNICA COM FIOS DE OURO. Pode entrar.
A seguir...:
_ O teu nome?
_ Flávia
_ A freira?
_ Sim, eu mesma.
_ Bem, ganhaste o paraíso. Leva esta túnica de linho. Pode entrar.
_A religiosa diz:
_ Desculpe, mas deve haver engano.
_ Eu sou Flávia, a freira!
_ Sim, minha filha, e ganhaste o paraíso. Leva esta túnica de linho...
_ Não pode ser! Eu conheço a outra, Senhor. Era taxista, vivia na minha cidade e era um desastre! Subia as calçadas, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais.
E quanto a mim, passei 65 anos pregando todos os domingos na paróquia.
Como é que ela recebe a túnica com fios de ouro e eu esta, 'simplesinha'?
_ Não há nenhum engano - diz São Pedro. É que, aqui no céu, adotamos uma gestão mais profissional do que a de vocês lá na Terra..
_ Não entendo!
_ Eu explico: Já ouviu falar de Gestão de Resultados? Agora nos orientamos por objetivos, e observamos que nos últimos anos, CADA VEZ QUE TU PREGAVAS, AS PESSOAS DORMIAM. E CADA VEZ QUE ELA CONDUZIA O TÁXI, AS PESSOAS REZAVAM!! Resultado é o que importa!