segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O que vale mais: competência técnica ou comportamental?


O que vale mais: competência técnica ou comportamental?

Publicado por admin em 25/06/2010 (373 leituras)
Palavras como qualificação, formação, graduação, treinamento, pós-graduação, MBA, desenvolvimento pessoal e profissional não saem da cabeça de quem procura um emprego ou quer crescer na empresa em que trabalha. Isso não é segredo para ninguém. Na verdade, o que gera dúvidas em relação à colocação ou promoção no mercado de trabalho atual são questões acerca das competências exigidas para alcançar esses objetivos. O que é mais importante: saber trabalhar em equipe ou realizar muito bem tecnicamente determinada tarefa? Ter um excelente nível de comunicação ou entregar o que lhe pedem em tempo?
Antes de refletirmos sobre essas questões ou escolhas, vamos tentar entender melhor o significado da palavra mágica “competência".
Ela pode ser sinônimo de conhecimentos, habilidades e atitudes que tornam um profissional importante para sua organização e para toda e qualquer empresa. Nesse sentido, podemos dizer que essas características valiosas atendem às necessidades do empregador e transformam as pessoas em profissionais eficientes, portanto, desejados pelo mercado de trabalho.
A partir dessa primeira definição, classificamos as competências como técnicas, quando ligadas diretamente à inteligência intelectual, ou comportamentais, se relacionadas ao aspecto emocional.
Com a globalização e o estímulo à alta competitividade, as empresas passaram a exigir cada vez mais de seus colaboradores qualidades como comunicabilidade, automotivação, capacidade de trabalhar em equipe, resiliência e capacidade de lidar bem com as próprias emoções nas mais diversas ocasiões. Essas são as competências de cunho comportamental.
Não devemos, de forma alguma, desconsiderar as competências técnicas, muito importantes para auxiliar na seleção e contratação. Porém, a ausência de algumas características comportamentais citadas acima tem sido motivo de demissão de muitos profissionais que apresentam apenas domínios técnicos.
Gestores de recursos humanos, empresas de seleção e especialistas em análises comportamentais elencam a existência de quatro tipos de profissionais, classificados a partir da ausência ou presença dos dois tipos de competências. O profissional 1 apresenta baixa competência técnica e baixa competência comportamental; o profissional 2 tem alta competência técnica e baixa competência comportamental; o profissional 3 demonstra baixa competência técnica e alta competência comportamental; e o profissional 4 reúne alta competência técnica e alta competência comportamental.
Pesquisas apontam a ordem de valorização é crescente, ou seja, os profissionais do tipo 1 são os mais temidos, enquanto os do tipo 4 são considerados moscas brancas, os que conseguem sucesso e destaque em quaisquer situações ou segmentos de atuação.
Cabe a cada gestor auxiliar sua equipe, estabelecendo feedbacks sobre a deficiência ou ausência de determinada competência. Certamente, as comportamentais são as de desenvolvimento mais complexo, pois consistem em características de caráter.
Acima de tudo, cada um deve assumir a responsabilidade de realizar autoavaliações com certa frequência, tendo como referência seu histórico profissional e a análise de diferentes situações a que estamos expostos diariamente nas corporações. Para tanto, é imprescindível usarmos como ferramenta principal a reflexão sobre como utilizamos nossa inteligência emocional para solucionar situações que apresentam maior grau de conflito interpessoal.

João Carlos Goia é gerente do Senac Piracicaba, jornalista pós-graduado em mídias e mestrando em educação.

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