terça-feira, 30 de novembro de 2010

Caçando Talentos

Caçando Talentos

Mello Jr.

Abril, 30, 2009

Existem muitas dúvidas sobre a forma de captação de talentos no mercado envolvendo questões como ética, profissionalismo, entendimento do que seja talento, onde encontrar, como buscá-los. Uma certeza nós somos unânimes: talentos estão trabalhando, seja por conta própria, tocando algum projeto ou empregado e é importante considerarmos que os bons estarão sempre colocados. Ou será diferente na sua empresa? Acredite, neste momento alguma outra empresa está de olho nos seus melhores profissionais, pode até ser seu concorrente.
O mercado é um negócio aberto em todos os sentidos e profissionais vem e vão, por isso, cabe a empresa criar mecanismos para a chamada retenção de talentos, com propostas bem definidas e sérias que favorecem ambos – empresa e empregado. Apesar de já discutirmos esse assunto ainda vejo como grande dificuldade para boa parte das empresas que sequer sabem definir que habilidades um profissional precisa apresentar para fazer parte do seu quadro funcional. Algumas têm programas de retenção de talentos que contemplam profissionais que tornaram os empresários verdadeiros reféns, deixando de premiar os que realmente são talentos. O que relato são os casos de empresas com dificuldades de planejamento e discussão de um programa que defina e socialize internamente mantendo e atraindo novos talentos.
O assunto é muito amplo e complexo, mas desta vez, quero focar na contratação visando captar os melhores. Como sua empresa chama para uma contratação – colocam na mídia, fazem a divulgação ‘boca a boca’, optam por indicações ou apadrinhamentos, utilizam cartazes? Isso faz diferença na hora de motivar profissionais a enfrentarem desafios. A melhor forma é elaborar, planejar o processo de recrutamento e seleção, onde se pensa e realiza as ações através de várias etapas que vão desde a descrição de cargos, perfil desejado, adequação da remuneração de acordo com o mercado, perspectiva de crescimento médio e longo prazo. Se quisermos os melhores precisamos oferecer as melhores condições de trabalho e realização profissional, requer maior investimento em alguns casos, porém traz maior responsabilidade e comprometimento.
A própria definição por si só já identifica o processo: SELEÇÃO. Este mecanismo inclusive ameniza a questão ética de mercado, pois se um funcionário do concorrente se inscreve para participar da seleção não há nada contra quem seleciona, já que é livre iniciativa de quem se oferece para ser selecionado. Cabe ao atual empregador ver os motivos que fizeram seu profissional querer sair e nesta situação podem surgir várias propostas de aumento, melhorias das condições de trabalho e cargos de gerências para reverter o quadro e não perder o talento. É lamentável que não se tenha percebido ou dado atenção à insatisfação do funcionário e agora se chegue a várias alternativas, muitas vezes desestimulando ainda mais pela falta de reconhecimento, avaliando como solução tardia.
Um processo de seleção deve ser encarado como um projeto e muito bem conduzido. Em caso de saída de outra empresa pode-se oferecer um período de garantia de contrato para que ele tenha segurança e possa mostrar sua capacidade e conhecimento. Talentos gostam de desafios e um projeto bem definido e com seriedade com certeza atrairá muita gente boa. Profissionais querem trabalhar em projetos, alguns inclusive montam seus projetos de vida a partir de um desafio profissional. Por isso imagine: sua empresa divulga que está contratando uma quantidade de pessoas para determinadas funções, pois irá inaugurar nova loja. Irá chamar atenção principalmente se a atual for referência. Mas será que se sua empresa apresentar o projeto para a nova loja, o mercado, expectativa de crescimento, metas, novas funções fará diferença na atração de talentos?
Para finalizar: ao fazer um processo de seleção deixe aberto para que os profissionais da casa possam participar. Isso traz credibilidade.
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