quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Desaprender e simplificar para inovar

Já ouviu falar que a resposta para as principais questões geralmente está bem em frente aos nossos narizes? Essa afirmação é válida também para encontrar o caminho da inovação dentro das empresas, afinal, de nada adianta investir em cursos, treinamentos e métodos para incorporar a cultura da inovação se as organizações não olharem primeiro para dentro de si mesmas, buscando enxergar quais são os verdadeiros entraves às mudanças nos processos.

É por isso que Charles Bezerra, diretor-executivo do Gad’Innovation, condena sistematicamente o pensamento industrializado, dizendo que nas organizações de um modo geral está arraigado o hábito de se partir de processos já consolidados e não de necessidades ou da curiosidade. Para ele, tal postura mina qualquer pensamento “fora da caixa” mesmo antes de seu nascimento.
Mas como mudar algo a partir de ideias já padronizadas? Charles afirma que a chave está em investir mais no indivíduo do que nos processos e afirma: não há fórmula mágica que torne a inovação uma realidade até que o foco saia dos processos e volte, literalmente, para a mão das pessoas.
Se pensar pelo lado das pessoas é claro que também são necessárias mudanças. A principal delas é a forma de enxergar o funcionamento da empresa, o que implica em deixar o pensamento fragmentado para trás e voltar a entender o aspecto mais global dos papéis desempenhados. E somente assim, acredita Charles, vai ser possível reverter os dogmas que atualmente imperam nas organizações e que afirmam que fazer mais e melhor exige mais pessoas, mais tempo e mais estresse.
Menos é mais
Sob a tese de que “menos é mais”, fica fácil entender porque Charles quer que as pessoas desaprendam os processos que engessam seus pensamentos e ideias, instaurando a cultura do diálogo nas empresas.
“Temos que ser capazes de dialogar de maneira construtiva. A razão para toda a frustração e falta de motivação é a negação do potencial criativo das pessoas.” Afinal, o conhecimento da empresa está em seus colaboradores.
O papel do líder ganha importância. É ele que tem que motivar as pessoas a criarem, assumindo os riscos perante a empresa e toda a cultura incorporada. Sem o líder, o ambiente de inovação não nasce.
Para saber mais sobre o que Charles Bezerra pensa sobre inovação ouça o podcast de entrevista concedida pelo especialista ao Portal HSM: Charles Bezerra – Cultura da inovação – uma utopia possível?.
Também não deixe de ver a palestra de Charles na HSM ExpoManagement 2011, na Estação do Conhecimento Inovação.

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