por Simoni Aquino - 29/04/2012
O artigo de hoje estava programado para ser outro, mas há dois dias o mundo esportivo recebeu uma notícia: o pedido de demissão de Pep Guardiola, até então técnico do invejável e quase imbatível Barcelona. Logicamente que eu não podia perder a oportunidade de fazer um paralelo entre este Líder e o Mercado de Trabalho.
Voltando a Pep Guardiola, foram 4 anos à frente do Barcelona, time que ao longo deste período ganhou aproximadamente 23 títulos importantes, uma marca considerada incrível no mundo do futebol.
Sua liderança contribuiu para que o Barcelona se tornasse um dos maiores times de todos os tempos e seu estilo tático passou a ser invejado e estudado por todo o mundo. O próprio presidente do Barcelona declarou que Guardiola é o melhor técnico que o clube teve até o momento, tanto que chegou a assinar um cheque em branco para renovar seu contrato por mais uma temporada, o que dignamente foi recusado e preferiu manter sua opção pelo desligamento do clube.
A filosofia de trabalho no Barcelona durante sua passagem foi baseada no coletivo, ou seja, um estilo de jogo que privilegiou a equipe como um todo que trocava passes e valorizava cada posição dentro do conjunto, que sempre foi baseada em valores de estima, de confiança, de disciplina e inteligência emocional ao conduzir excelentes atletas e uni-los em busca de um só objetivo: conquistas memoráveis. Uma equipe de verdade, sem individualismos, estrelismos ou egocentrismos!
Mas enfim, o que Pep Guardiola tem a ver com um Blog que aborda RH e Mercado de Trabalho?
Tudo, desde que façamos um paralelo entre liderança e comportamento.
Pep Guardiola no Barcelona foi um líder que conseguia extrair de sua equipe o melhor, que aliou estratégia com disciplina, que aliou criatividade com tática, que privilegiava o coletivo ao invés de se curvar ao estrelismo de apenas um, um líder que nos vestiários conseguia influenciar seus jogadores para o bem comum, que criticava para extrair o melhor de seus jogadores, que privilegiava o ser e não o ter do futebol e que "enxergava" seus jogadores. Um líder com postura criativa, corajosa e inovadora, enfim, alguém que inspirava sua equipe a buscar os melhores resultados, sempre.
Sua saída já vinha sendo estudada, mas foi culminada pelo fato do Barcelona ter sido eliminado da Liga dos Campeões e por ter sofrido uma derrota crucial no campeonato espanhol; e considerando-se desgastado e sem a mesma energia para contagiar seus jogadores, decidiu demitir-se.
Posicionamentos como esses são verdadeiros exemplos de dignidade, de liderança construtiva e positiva, de estímulo ao sucesso, de conquistas de vitórias e de reconhecimento de limitações.
No Brasil, seja no esporte ou em qualquer segmento, estamos carentes desse tipo de filosofia: de privilégio ao coletivo. Líderes que se preocupam com os resultados e que os conquistam influenciando positivamente suas equipes, profissionais que lideram sem amedrontar-se com o brilho dos componentes de sua equipe, de líderes que buscam reconhecimento e compreendem que este reconhecimento é fruto de suas conquistas naturais, que reconhecem suas limitações e desmotivações e sabem o momento certo para saírem de cena, profissionais que mantém-se honestos e com sua cabeça erguida até no momento de seu desligamento.
Um líder que reconheceu que não conseguia liderar sua equipe e que já não conseguia influenciá-los para os resultados positivos, que teve a humildade de saber a hora adequada de se retirar e dar lugar a alguém mais adequado para o momento que a equipe vive. Um exemplo!
Pep Guardiola não foi uma referência apenas para a história do Barcelona, mas também referência de liderança de equipes e de motivação voltada para resultados para o mercado de trabalho, inclusive.
Olá Ivan!
ResponderExcluirFiquei muito lisonjeada em ver meu artigo publicado aqui no seu Blog Grupo RH, especialmente pelo respeito de fornecer os créditos ao Blog Além do RH e à escritora dos textos.
Parabéns pelo trabalho e agradecida pelo respeito.
Desejo-lhe muito sucesso!
Grande abraço,
Simoni Aquino
Consultora de Gestão de RH e Escritora/Blogueira do Blog Além do RH