sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Temas debatidos refletem as preocupações da área de RH

A importância dos grupos informais de RH é tamanha que parte da história da área é contada a partir da sua fundação e evolução. Além disso, é dentro de suas reuniões que acontecem os debates mais significativos sobre tendências e dificuldades da área.

Veja, a seguir, os temas que têm sido foco de atenção dos grupos em 2010:

No caso do Grupo Grupo TeD, as discussões deste ano, sempre conduzidas por profissionais renomados no mercado, abordaram as áreas de coaching;neuroaprendizagem como fator de pesquisa para a retenção do aprendizado; e gestão do desempenho integrada ao BSC (Balanced Scorecard). A próxima reunião do grupo, programada para esta quinta, terá como tema a aplicação do modelo de Ken Wilber nas empresas (mais informações: www.grupoted.com.br).

“A atualização profissional é um diferencial na carreira do RH, o que nem sempre é possível no Brasil por causa dos altos custos. Por isso, o objetivo do Grupo TeD, criado há 16 anos, é antecipar tendências, contribuir com as necessidades das empresas e colaboradores, e promover a atualização dentro da área de treinamento e desenvolvimento”, explica uma de suas coordenadoras, Fátima Martins.

No Grupo Reflexão, os assuntos que mais mobilizaram os participantes em 2010 foram: as discussões a respeito de acontecimentos que impactaram o RH, como a grande fusão Itaú-Unibanco; a análise de temas críticos em todas as pesquisas de empresas, a exemplo do iten comunicação/engajamento; e temas polêmicos, como remuneração e seus fatores de retenção.

“Um dos pontos altos deste ano foi a realização do I Fórum de Debates, promovido em agosto em comemoração aos nossos 21 anos. O evento marcou a maioridade e o amadurecimento do Reflexão e apresentou um profunda discussão, teórica e prática, sobre carreira e gestão de pessoas”, conta Fátima Farias, que integra a coordenação do grupo.

Já no Grinape – Grupo Informal de Administradores do Pessoal, o objetivo tem sido levar a seus integrantes palestras e apresentações de trabalhos que agreguem conhecimentos para o desenvolvimento humano e pessoal.  De acordo com o coordenador, Walter Veiga, a programação deste ano apresentou temas como: impactos no ambiente corporativo da Norma Contábil Internacional IFRS, relacionamento interpessoal efeedback, e técnicas de planejamento e automotivação para crescer na vida pessoal e profissional.


Equilíbrio de temas

Por sua vez, o GERH – Grupo de Estudos de Recursos Humanos, que completa 30 anos neste mês, tem discutido temas mais abrangentes nos seus encontros. Ao longo do ano, liderança e gestão, sustentabilidade e meio ambiente e a paz mundial, debatida por uma representante da ONU, estiveram em pauta nas reuniões mensais.

Até o tema do tradicional Fórum do GERH, realizado em setembro – Valores Humanos que permeiam nosso cotidiano – seguiu essa tendência. “O GERH tem evoluído no sentido de discutir cada vez menos temas específicos da área, embora questões de interesse das empresas também sejam tratadas nas reuniões”, avalia o coordenador Arnaldo Giannini.

O balanço entre temas relacionados ao RH e assuntos gerais também tem sido a tônica das reuniões do Diógenes, um dos mais tradicionais grupos informais de RH do País, fundado em 1964. A agenda do grupo deste ano já contou com palestras sobre privatizações, mobilidade de capital e o que o CEO espera do RH. Na próxima reunião, os debates estarão em torno dos mitos e verdades do apagão de mão de obra.

“Nosso objetivo é dar mais variedade e dinamismo aos encontros, já que o grupo é composto por uma população heterogênea, formada por profissionais que atuam na área e outros já afastados, mas com uma longa experiência”, sintetiza a coordenadora Cynthia Jobim. Segundo ela, antes integrado predominantemente por homens, o grupo hoje está mais equilibrado, com 1/3 de mulheres entre seus participantes.


Com uma agenda mais específica em razão da sua natureza, o Gadex – Grupo de Administração de Expatriados voltou suas discussões neste ano para os pontos omissos e pouco claros das leis que regulam a situação de trabalhadores brasileiros no exterior.

“Outro foco do Gadex, e para o qual temos buscado soluções com os órgãos competentes, tem sido o problema na demora da obtenção da documentação dos estrangeiros, o que acarreta atrasos no registro dos mesmos nas empresas, no recebimento dos salários, na abertura de conta bancária, na liberação alfandegária dos bens de mudança, na locação de imóvel, etc., sem falar do desconforto do próprio estrangeiro, impossibilitado de se identificar como cidadão com permanência regular no País”, resume a coordenadora Helga Glaser.

Fonte: O Estado de São Paulo - 03/10/2010
Autor: ABRH-SP

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