sábado, 30 de outubro de 2010

O CEO e a Criatividade


O CEO e a Criatividade

19/10/2010. Atualizado em 19/10/2010 22:05.
Notícia disponibilizada no Portal www.cmconsultoria.com.br às 08:33 hs.
19/10/2010 - O que o CEO (presidente executivo, na sigla em inglês)realmente espera de seu time? A resposta para essa pergunta tem consequências importantes – não apenas para a gestão da empresa, mas também para os clientes e acionistas da sua companhia.
As qualidades que o CEO mais valoriza em seu time revelam muito dos princípios e propósitos da empresa, além de refletir diretamente no produto ou serviço oferecido por ela. Há novas e convincentes evidências de que as prioridades dos CEOs estão mudando consideravelmente.
De acordo comum a pesquisa com 1,5 mil presidentes conduzida pela IBM, os CEOs identificam a criatividade como a competência de liderança mais importante para o sucesso da empresa do futuro. O interessante é que em um outro estudo feito pela empresa, dessa vez com universitários e, portanto, futuros líderes de mercado – a tão comentada geração Y –, a opinião é a mesma.
A empresa aplicou o estudo para 3,6 mil estudantes de 40 países ,incluindo o Brasil, e 63% dos entrevistados apostaram na liderança criativa como qualidade primordial de um presidente. Ruptura. Tanto os estudantes quanto os atuais CEOs consideram a liderança criativa uma forma de romper paradigmas, reinventar o relacionamento com o cliente e impulsionar a melhora na gestão operacional.
Uma mudança importante,já que, até então,a criatividade vinha sendo reconhecida apenas como combustível para os mecanismos de pesquisa e desenvolvimento de produtos, mas não como um ativo essencial de liderança que deve permear a empresa. Os líderes criativos lidam com a necessidade de tomar decisões importantes com maior frequência.
A capacidade para fazer isso é encontrada na interseção de valores e visão da empresa, combinada com ferramentas analíticas aplicadas à explosão da informação para impulsionar a decisão, tornando-a mais rápida, mais precisa e mais previsível. Muita coisa mudou nos dois últimos anos e as premissas históricas de alguns líderes que estão no comando deixaram de existir.
Além da recente crise mundial, a primeira década deste século trouxe uma nova consciência em relação a questões como aquecimento global e mudanças climáticas e a relação entre esses eventos naturais com o negócio da empresa.
Todas as mudanças no cenário ambiental e econômico identificadas pelos CEOs nestes últimos anos foram percebidas também pelos estudantes. A grande diferença é que a geração Y já enxerga mais fortemente o elo entre criatividade, sustentabilidade e pensamento global como os principais atributos do líder do futuro. Novas fontes. Alguns dos atuais presidentes, no entanto, ainda não vêem esses temas tão interconectados – ou pelo menos não com a mesma urgência.
Assim, podemos concluir que, embora não na mesma velocidade, o índice de aderência dos pensamentos Foi consideravelmente grande. Além disso, esses mesmos líderes que colocam criatividade como qualidade-chave dizem que um quinto de suas receitas terá de vir de novas fontes,reconhecendo a necessidade de ruptura com as premissas, métodos e práticas existentes. Eles estão muito mais propensos a procurar inovação por meio de mudança no modelo de negócios. E, novamente, em alinhamento com sua visão de aceleração da complexidade, rompem com os ciclos de planejamentos estratégicos tradicionais em favor de alterações contínuas e rápidas e de ajustes em seu modelo de negócios.
Tomadas juntas, essas características descrevem uma mudança em direção a uma cultura corporativa que se torna mais transparente e empreendedora. Culturas imbuídas da crença de que a complexidade é uma oportunidade e não uma ameaça; que o risco pode ser gerenciado, não evitado; e que os líderes serão recompensados com base em sua capacidade de criar empresas com modelos de negócios fluidos, em vez de absolutos.
Algo importante está acontecendo no mundo corporativo. Os CEOs atuais e os futuros estão sinalizando uma nova direção em resposta às fortes pressões externas e às oportunidades que as acompanham. E eles estão nos dizendo que um mundo de crescente complexidade dará origem a uma nova geração de Líderes, que fazem da criatividade o caminho a seguir para o sucesso das empresas.
Publicado na coluna de Ricardo Gomez (Líder em serviços de consultoria da IBM para América Latina).
E-mail: executivos@br.ibm.com 
Coluna  "Batendo Ponto" - Caderno de Empregos - Jornal O Estado de São Paulo - 17 de outubro de 2010

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