sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Só é tarde se você não fizer

Só é tarde se você não fizer



Fulano gostava de ler e escrever, então foi estudar Publicidade. Formou-se numa boa Universidade e logo começou a trabalhar com marketing e vendas. Ao perceber que a Tecnologia de Informação estava transformando o mundo dos negócios, resolveu fazer uma pós-graduação no tema, para melhor entender suas aplicações em sua área.
Por causa do seu interesse em ler e aprender, acabou fazendo um Mestrado, para consolidar melhor os ensinamentos que o mundo lhe proporcionava. Mudou-se de cidade e de estado em busca de oportunidades ainda melhores. Mas quanto mais estudava e trabalhava, mais Fulano percebia que o marketing que se pratica nas grandes empresas tem mais a ver com preencher planilhas, fazer previsões e construir relacionamentos do que com o que aprendera em seus estudos e livros.
Fulano passou a escrever sobre isso. Criou um blog mixuruca e mostrou para os seus amigos. Ninguém quis saber. Aí coisas estranhas começaram a acontecer, quando estranhos começaram a ler o que ele escrevia. Alguns viam sentido nas coisas que dizia – ou melhor, escrevia. Aí Fulano passou a escrever num outro blog, depois mais outro e outro.
Então Fulano decidiu realmente mudar. Aos 38 anos, Fulano abriu uma empresa de treinamento, ignorando todos os que diziam que mudar de carreira nessa idade seria uma loucura. Fulano acreditava que não havia idade certa para largar o caminho errado. Loucura seria insistir no erro.
E Fulano foi atrás da sua empresa. Ideias surgiam umas atrás das outras. Cursos, treinamentos, textos, palestras e tudo o mais que pudesse mudar uma percepção, um conceito, um entendimento. Fulano trabalhava nas suas ideias a qualquer hora do dia ou da noite.
Embora fosse um ritmo pesado, Fulano não reclamava. Às vezes Fulano tinha uma ideia no sábado à noite e sentava-se para colocá-la no papel. Às vezes só parava no domingo à tarde. Por outro lado, não tinha nenhum problema em ir passear no parque na segunda-feira ao meio-dia.
Hoje Fulano não tem hora para trabalhar, porque gosta do que faz e, mesmo que esteja, nunca parece estar trabalhando. Tudo parece divertido, motivante, desafiador. A cada dia que passa, Fulano tem certeza de ter tomado a decisão correta.
Fulano se chama Rodolfo. Fulano sou eu.

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