terça-feira, 22 de novembro de 2011

Geração Y: uma evolução com vários desafios

Por Suellen Alves Moura de Souza para o RH.com.br

Certamente você já ouviu falar ou leu algo sobre a geração y. Pois é, o mercado está de "olhos atentos" a esses novos profissionais que, nesse artigo iremos chamá-los de "pessoas antenadas". São os jovens que nasceram no mundo da tecnologia de ponta, uma geração com educação mais sofisticada do que anteriores. São pessoas que não têm medo do novo. Um exemplo clássico da diferença entre a geração Y para a X é a dificuldade de acompanhar suas ideias, a evolução e o ritmo da tecnologia, dificuldade em lidar com o novo, entre outros fatores.
Esse novo profissional, pertencente à geração Y está levando a sociedade a um novo patamar, o mundo olha para o jovem hoje e vê a oportunidade de um novo momento. Mas, onde encontrar um talento Y? É fácil distinguir esse profissional, pois possui atitudes irreverentes. Ele quer triunfar vencendo seus próprios obstáculos e está dominando o mundo empresarial a toda velocidade, pois deseja obter um prestígio rápido pelo seu trabalho, espera por horários flexíveis, prefere os elogios, adora desafios, não se agrada de longos prazos, demanda muito a prática do feedback e procura equilibrar sua vida profissional com a pessoal.
A realidade mostra que profissionais da área de Recursos Humanas já está adequando-se a essa evolução, principalmente, durante o processo de contratação, pois o RH sabe que os futuros funcionários são mais exigentes e que os fatores que mais chamam a atenção dos jovens são: os benefícios oferecidos; os planos de carreira e a implantação das ações com foco na qualidade de vida no trabalho.
São muitas as diferenças em relação às outras gerações que atuam no mercado e que visam apenas estabilidade, garantia do trabalho. As organizações abrangeram uma nova cultura para atrair os jovens Y. Porém, o que tem se notado é a dificuldade deles ingressarem no ritmo da empresa, pois segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA/USP), com cerca de 200 jovens em São Paulo, revelou que 99% dos profissionais Y só se sentem satisfeitos, envolvidos em atividades que gostam e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Os gestores de Recursos Humanos veem esse resultado como um sinal de alerta em relação à rotatividade e à falta de motivação no trabalho dos jovens, porque eles não se prendem à empresa, querem sempre mais, pois o pensamento deles é de que o mundo não tem limites!
As empresas devem usar esse potencial Y em favor próprio e tentar atender às expectativas desses jovens, conhecendo suas competências, ao mesmo tempo em que podem desafiá-los. No entanto, é preciso que a cultura da organização seja preparada para explorar esses novos talentos, pois a geração X não está parada no tempo. A realidade mostra que eles estão ainda em alta no mercado e procurando familiarizar-se com o mundo da tecnologia e adquirir novas competências.
Estamos em uma fase transição de épocas distantes: das máquinas de escrever para os tablets; dos textos manuscritos para letra digital; do fax para scanner e assim por diante. No futuro o que hoje é moda vira peça de museu, em alguns anos.
Literalmente eles vivem no mundo virtual e as empresas que não migrarem para essa tecnologia perderão mercado, pois estamos em uma revolução corporativa. O jovem preza a liberdade de expressão dentro do ambiente de trabalho. Os profissionais desta geração Y possuem grande potencial para trabalhar em equipe, são ambiciosos, têm alto grau de instrução, priorizam a qualidade de vida. Essas são diferenças claras e, relação à geração X, em que os profissionais almejam o crescimento profissional acima de tudo, deixando, muitas vezes, a qualidade de vida e a família de lado para se dedicar à carreira profissional. Mais uma diferença que chama mais atenção é que a geração "Y" nunca estará satisfeita plenamente no ambiente de trabalho diferentemente de tempos anteriores.
Os Y estão em seu melhor momento. Basta ter paciência, principalmente com veteranos que ainda ocupam o lugar que a nova geração deseja. "O jovem precisa saber que a fila vai andar, mas somente para quem estiver na fila", como diz o autor do livro Geração Y - Ser potencial ou ser talento? - Faça por merecer - Sidnei Oliveira.
No entanto profissional da área de Recursos Humanos encontra certa dificuldade em algumas empresas com uma visão de cultural fechada, que limita a criatividade dos jovens com alto potencial de desenvoltura na empresa, pois têm receio do impulso momentâneo da geração Y. Digamos que é considerável estarmos de olhos abertos para as duas gerações antecessoras, pois uma é o complemento da outra. É bom lembrarmos que foi da X que nasceu a evolução dos Y. No entanto, a melhor coisa que a empresa tem a fazer é arriscar e unir-las em prol do desenvolvimento corporativo.

http://www.rh.com.br/Portal/Grupo_Equipe/Artigo/7539/geracao-y-uma-evolucao-com-varios-desafios.html

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