terça-feira, 8 de junho de 2010

A lição japonesa e as vantagens das pequenas e médias empresas

Empresas Familiares 2009 | George Stalk
A lição japonesa e as vantagens das pequenas e médias empresas

Ao final de sua palestra, George Stalk participou de um painel de perguntas e respondeu algumas perguntas do público e de José Salibi Neto, CKO (Chief Knowledge Officer) da HSM.
Durante o painel de perguntas que sucedeu a palestra, George Stalk falou sobre sua experiência com as empresas japonesas e deu uma boa notícia aos empresários brasileiros que administram negócios familiares: as pequenas e médias empresas, mais comuns no País, são as que estão em melhor posição para uma virada de crescimento.
Confira duas perguntas selecionadas desta sessão.
No Brasil, há muitas empresas de pequeno e médio porte. Há diferença na gestão desse tamanho de empresas familiares?
As questões de que falamos independem de tamanho ou mesmo de setores da economia. O que ocorre é que, conforme elas crescem, aumenta sua complexidade e a velocidade na tomada de decisões tende a diminuir. As grandes não são ágeis e têm mais dificuldade de entrar nesse modo de comportamento. Se você faz parte de uma empresa pequena ou média, a hora de fazer as estratégias é agora.
O que o senhor aprendeu de sua experiência de mais de dez anos no Japão?
Por lá, a maioria das empresas é familiar ou começou de maneira familiar, e posso resumir o que aprendi em três grandes lições: a primeira é que as noções de limite e fronteira permanecem. As pessoas que entram na empresa em uma fase posterior conhecem a tradição dos fundadores e sabem que o sucesso é resultado desses fatores. A segunda é a continuidade. Por exemplo, empresas como a General Motors e a Chrysler tiveram quatro presidentes na última década. Na Toyota, o número deve estar em torno de três presidentes em 50 anos. A cada mudança na direção, mudam também os níveis abaixo e fica mais difícil manter uma filosofia e um trabalho. A terceira vale para todas as empresas: os japoneses pensam no longo prazo. Uma pesquisa feita por um jornal local nos anos 1980 mostrou que as empresas orientais sacrificam o lucro rápido pelo maior crescimento, desenvolvimento de novos produtos e rentabilidade. Já os ocidentais pensam no lucro rápido e deixam o resto de lado. Para as empresas familiares em especial, pode ser mais interessante ter lucro mais adiante e maior, para perdurar por gerações.


HSM Online
19/05/2009

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