Por: Adriano Carvalho
Qual ponto negativo apareceu em 20% das empresas
listadas?
A publicação da Você S/A e Exame chega aos 15 anos com
todo vigor e se consolida como um grande guia de boas práticas de gestão em
recursos humanos. Num momento em que apenas as 150 Melhores para se Trabalhar
estão recrutando mais de 27 mil profissionais, entender e praticar as lições
para desenvolver, atrair e reter talentos é questão de sobrevivência. E, mesmo
os pontos a melhorar guardam recados importantes.
Boas Práticas de RH
O guia das 150 Melhores Empresas para Trabalhar é uma publicação para ser
lida em detalhes e com calma. Cada idéia, cada estatística pode e deve ser
refletida e depois ser transformada em ação. O que se observa é que o grande
fator de mudança nas empresas de sucesso é a postura dos líderes diante dos profissionais dos escalões mais baixos.
Valores com transparência, ética, inclusão social, responsabilidade social estão mais presentes
e fortes na avaliação dos funcionários e pode ser decisivo na escolha de um
emprego.
Aliás, a revista deixa claro no artigo “A Gente Não Quer Só
Comida” que explica a mudança da relação entre empresas e trabalhadores. Por
anos, com o mercado em baixa, o brasileiro aceitava o emprego que tinha na mão.
Podia ser informal, podia não pagar horas extras, podia não ter plano de
saúde, podia ganhar mal e não ter segurança alguma. Mas aquele tempo
passou. O mercado aqueceu, os empregos cresceram numa proporção sem precedentes
e a negociação ganhou outro rumo. “Com uma oferta de emprego historicamente
inédita (a taxa de desemprego está na casa dos 6%), os funcionários das
melhores empresas do Brasil estão mais confiantes em sua capacidade de se
recolocar e passaram a ser implacáveis na avaliação da empresa em que
trabalham”, sentencia o artigo.
E não fica por ai. O levantamento aponta que o salário
médio pago pelas industrias diversas ficou R$ 1.500 maior entre 2009 e
2010. Entre os 15 setores avaliados pelo guia de Você S/A e Exame,
apenas em um o rendimento do trabalhador não cresceu.
Perguntas que o seu RH deve fazer
As 150 Melhores Empresas para Trabalhar provam por A mais B que
investir nas pessoas dá certo, dá lucro e traz felicidade. Há exemplos de
empresas que construiram creche, outras que inovaram no pacote de
benefícios e outras que desenvolveram programas difereciados de
desenvolvimento profissional. A pergunta é: o que sua empresa está fazendo? O
plano de saúde ainda é considerado uma despesa? O plano de cargos e
salários é apenas pró-forma? Investir em treinamentos, palestras e cursos de
desenvolvimento ainda é considerado supérfluo? Os líderes ainda são chefes?
Se sua empresa está na contramão das boas práticas de
rh, também está na contramão do desenvolvimento.
As 150 Melhores ainda tem o que melhorar
Na avaliação de cada empresa, a publicação indicou um ponto
positivo de destaque e também um ponto a ser trabalhado. Há questões muito
diversas e algumas até
questionáveis, mas dois pontos merecem atenção. O
primeiro, em 20% das empresas listadas pesa como ponto negativo a inexistência
ou falha do plano de previdência privada empresarial. O brasileiro está
ficando velho, rapidamente, e, sabe bem que não poderá contar com a
aposentadoria do INSS para manter seu padrão de vida. Desenvolver um plano de previdência privada é algo valioso tanto do ponto de
vista de valorização do profissional, como também do ponto de vista de
retenção de talentos.

A previdência privada pode ser desenvolvida de acordo
com as características da empresa, definindo valor de contribuição, regras de
vesting, modo de participação, etc. Mas o efeito prático da previdência
privada é que é um benefício que gera relacionamento de longo prazo… Tudo
haver com retenção de talentos, não é mesmo? Mas as empresas que
ofertam a previdência privada instituida (quando a empresa patrocina o
plano) também recebem um benefício fiscal muito atraente. Em resumo, a
previdência privada é o benefício que mais tem agregado valor às
empresas, se a sua não tem, é melhor pensar nisto rapidinho e elliminar este
ponto negativo da sua lista.
Gestão do Plano de Saúde
Das 150 Melhores para se Trabalhar, em 11 os
funcionários reclamaram do plano de saúde. Quem levou a culpa? As
falhas do fornecedor (operadoras, seguradoras ou cooperativas) resultou em
pontos negativos para as empresas. Vamos ver por outro lado. O que aconteceria
se o seu cliente tivesse reclamações por conta do seu trabalho? Isto mesmo, a
coisa ficaria feia.
Como em qualquer relação profissional, os dois tem que cumprir
seu papel. O plano de saúde tem que agregar valor e não gerar dor de
cabeça para o RH. A falha está na gestão do benefício que não antecipou as reclamações, não
tinha os indicadores de satisfação, não deu a retaguarda necessária ao RH. O que
fazer nesta situação? Como a própria publicação sugere, estes são pontos a serem
melhorados. Converse com quem sabe o que faz, de verdade.
Fonte: http://www.caminhandojunto.com.br/2011/09/rh-licoes-das-150-melhores-para.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário