domingo, 30 de dezembro de 2012

Você precisa de um coach?


08 de abril de 2012 | 3h 08
GERENTE DE CARREIRAS DO IBMEC-RJ - O Estado de S.Paulo 
ruth@ibmecrj.br

Tenho ressaltado, em artigos anteriores, três pontos chaves para uma boa trajetória profissional: o autoconhecimento, no sentido de buscar conhecer as nossas competências, potencialidades e valores; ter um plano de ação para nos ajudar a construir uma rota possível de carreira, e prazer no que faz, considerada uma alavanca poderosa para qualquer realização. No entanto, a consciência de que este tripé é o caminho para obtermos algum êxito, nem sempre acontece porque sozinhos não chegamos a esta conclusão.
Vivemos num ambiente conturbado, com planos que não se concretizam, abarrotados com nosso cotidiano, o que gera muitas vezes uma visão míope dos aspectos da nossa vida. E nesse olhar distorcido, não consideramos novas possibilidades, outras atitudes. Neste momento, a ação de um profissional pode ser bastante significativa para nos auxiliar a refletir sobre nosso potencial de desenvolvimento, nossa estrutura emocional. E, enfim, abrir espaço num campo mental viciado, plantando novas sementes de atuação.
O profissional a que me refiro atende pelo nome de coach, palavra de origem inglesa, que foi sempre usada no mundo esportivo para designar a função do técnico, do treinador. Quando alargamos seu conceito para o mundo do trabalho, nos referimos ao profissional que estimula o indivíduo a descobrir suas competências, a se motivar, a superar dificuldades e a expandir possibilidades, favorecendo sua satisfação em várias esferas da sua vida.
A expressão coaching, refere-se ao processo que o coach utiliza para gerar o autodesenvolvimento do indivíduo, aplicável em todos os aspectos da sua vida e que lhe permite alcançar o pico de suas potencialidades - o que, em geral, não se consegue sozinho.
Quando cito que o coaching tem aplicação multifacetada, refiro-me a aspectos da vida pessoal (familiar, social, saúde, financeira) e profissional. Neste último, o coaching oferece uma boa base de sustentação para aqueles que estão bem profissionalmente e querem melhorar, para os que querem mudar de carreira ou de ambiente profissional, enfim para todos que se preocupam com o desenvolvimento de suas carreiras.
É importante ressaltar que o coaching não é um processo terapêutico, nem de consultoria, nem de aconselhamento. Não é terapia, pois não se trata de uma ferramenta corretiva, não trabalha aspectos emocionais como depressão, fobia e nem analisa situações pregressas que interferem no modo de agir do indivíduo.
Não pode, igualmente, ser considerada uma atividade de consultoria, visto que o coach não é um especialista na área de atuação do cliente e nem se propõe a resolver problemas. Também não se trata de um instrumento de aconselhamento, pois o profissional não decide pelo cliente, não aponta soluções, nem dá conselhos indicando o melhor caminho.
O coach deve auxiliar o indivíduo a tomar conhecimento dos próprios recursos que poderão levá-lo a conquista de realizações pessoais e/ ou profissionais. Podemos simplificar e dizer: o coach não diz o que a pessoa deve fazer, apenas cria condições para que ela se desenvolva.
Neste processo, o cliente leva questões de sua vida ao coach, este o estimula a identificá-las e o conduz à busca de soluções através de suas próprias habilidades. No âmbito profissional, o processo leva o indivíduo a reconhecer suas competências, a estabelecer metas e desenvolver uma estratégia para planejar sua carreira em sinergia com seus propósitos pessoais.
Muitas vezes quando olhamos atentamente nosso universo profissional identificamos algumas situações que gravitam em torno dele, por exemplo: Ações que planejamos, mas que nunca saíram do plano mental; fatores externos que usamos para justificarmos a acomodação em nossa carreira; metas que estabelecemos e que na verdade não correspondem a nossos próprios interesses e outras situações que estreitam nosso caminho para nossa satisfação profissional. Acabam, assim, por representar não nossos limites, mas nossas crenças limitantes.
Em razão disso, pode ser de grande valia procurar um profissional capacitado que nos auxilie a atentarmos aos esconderijos internos que edificamos como defesa e as nossas matizes comportamentais, a fim de que barreiras sejam derrubadas e caminhos novos sejam construídos para a realização pessoal e profissional. Este profissional atende pelo nome de coach.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,voce-precisa-de-um-coach-,858608,0.htm

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