sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Veja se você é um bom chefe


Veja se você é um bom chefe
Fonte: O Estado de S. Paulo – SP – Oportunidades - 29/06/2008
Hoje se fala em ser líder e gestor estratégico de pessoas; mas também se sabe que chefiar é exercício diário

Maria Teresa Marques

Líder ou gestor de pessoas. É assim que a chefia é considerada hoje no meio corporativo. E isso significa na prática que essa função é muito mais do que se impor por conhecimentos técnicos.

Quem comanda uma equipe hoje é responsável por despertar entusiasmo em seus subordinados, em mantê-los motivados, incentivados e seguros de que podem apelar ao chefe sempre que precisarem.

Certo, mas claro que falar é muito mais fácil do que fazer. Porque lidar com pessoas é um exercício diário, conforme enfatiza a psicóloga, mestre em Psicologia pela USP, Ana Fraiman. Ana é autora do livro O chefe dos meus sonhos, Editora Alexa, que tem previsão de lançamento ná próxima semana.

Para Ana, se alcançar uma posição de liderança deixar a pessoa feliz e, até mais bela -”Não digo mais bonita, digo mais bela -, então, esta pessoa é excelente líder. “Se, pelo contrário, o exercício de uma liderança tornar essa pessoa mais dura, mais infeliz e solitária, se ela adoecer em meio a esse caminho, de duas uma: ou liderar não é para ela ou precisa aprender a fazê-lo de modo mais sensível e harmônico.”

Modo de fazer isso? Ana diz que há muitos, mas que tudo vai depender da complexidade da situação enfrentada, da maturidade da grupo chefiado, da maturidade do líder, das condições mais ou menos adversas a enfrentar, dos recursos a serem empregados, do tamanho de desafio, dos riscos e do tempo de que se dispõe para resolver tudo bem resolvido.

A chefia, segundo ela, não pode ser um fim em si para o indivíduo, mas sim um grau de desenvolvimento na carreira e uma maneira de ter mais liberdade para criar, produzir com mais autonomia. “Poder se lançar, enfim”.

A seu ver é “temerário” que a empresa escolha alguém para liderar apenas a partir da análise de um currículo. “A pessoa precisa estar madura, ter mostrado antes boas características para chefiar, como transmitir segurança, confiança, ser entusiasmada, entre outros traços”.

Cursos de gerenciamento, diz ela, são interessantes para abordar particularidades, dar visões diferentes, ‘mas para iniciar a pessoa tem é de se sobressair’.

QUESTIONÁRIO

Nesta matéria está um questionário com perguntas e alternativas de respostas elaborado pela coordenadora do Núcleo de Gestão de Pessoas e do curso de pós-graduação em Gestão Estratégica de Pessoas da ESPM, Célia Marcondes Ferraz.

Célia enfatiza que não se trata de um teste, mas de um questionário que leve à reflexão sobre o próprio desempenho na liderança.

Ela explica que o conceito de gestão estratégica de pessoas é fruto de mudanças iniciadas nos anos 90, com a chegada da informática, recurso que trouxe um número infindo de informações, que simplificou processos, intensificou e facilitou a comunicação e trouxe, enfim, a globalização.

“Foi preciso começar a avaliar competências que iam além das habilidades técnicas”, diz Célia. E mais: “As pessoas da equipe têm de ‘doar’ talentos e para isso não basta apenas ser bem remunerado.”

CONFLITOS

Sempre considerando que chefiar hoje é gerir estrategicamente as pessoas, ao abordar os conflitos que eventualmente possam acontecer entre membros da equipe, Célia explica: “Isso acontece todos os dias, em todos os níveis. Simplesmente, por exemplo, de duas pessoas não conseguirem se entender”. Se forem dois diretores, diz ela, a saída é chamar cada um isoladamente e dizer: a empresa precisa dos dois e quer os dois, portanto, elaborem um plano de convivência e me falem sobre isso. Como profissionais maduros, ambos terão condições de fazer isso. Mas se for num call center, por exemplo, em que há centenas de jovens numa mesma equipe? “Aí, ouça as duas pessoas para depois saber qual delas é a que precisa de mais apoio, ou melhores condições, para conseguir relacionar-se bem com a outra.”

É o que faz, aliás, a gerente-administrativa da clínica Medicin Instituto da Pele, Lucinda Gonçalves, que tem 60 subordinados em sua equipe, incluindo seis supervisoras. Lucinda se define como uma pessoa aberta e acessível. “Temos sim de de vez em quando resolver conflitos no grupo, atritos. E o que faço é chamar cada pessoa isoladamente para interferir e tentar resolver”, diz Lucinda, explicando que há piscólogos na clínica que também podem ajudar na situação.

http://www.cartaderh.com.br/website/text.asp?txtCode=33990&txtDate=20080630000000

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