domingo, 20 de janeiro de 2013

Como você quer ser reconhecido, como um talento ou um carregador de piano?

6/9/2011 - Como você quer ser reconhecido, como um talento ou um carregador de piano?

Hoje, devido à dinâmica competitiva e a globalização do mercado, podemos afirmar que
a criatividade é vista pelas empresas como uma competência essencial para todos os
funcionários. Por ser responsável pelos resultados de sua equipe, é fundamental que o
líder desenvolva tanto a sua competência de criar e inovar, quanto a de seus liderados, e,
por fim, gerencie o processo criativo da equipe.
 
Algumas pessoas atribuem a criatividade simplesmente ao fato de gerar boas idéias. Na
verdade, diversas vezes vemos dentro das empresas pessoas reclamando a autoria das
idéias; “Pedro implementou este processo, mas eu já tinha pensado nisso, inclusive citei
numa reunião de equipe há um ano atrás e ninguém me deu ouvidos...”
Pensando em situações similares, quem foi criativo neste processo, quem teve a idéia ou
quem a implementou?
 
Para responder a questão, segue uma definição de criatividade que eu utilizo e considero
bem completa e prática:
“A criatividade é a capacidade de transformar idéias em realidade, de forma que
melhorem um processo, inovem um produto, divirtam alguém...enfim que tragam
benefícios às pessoas, às empresa, à sociedade.”
 
Pensando sob este prisma, a criatividade não é uma competência isolada que funciona
independentemente das demais. Posso descrever pessoas criativas como sendo aquelas
que desenvolvem tanto o pensamento lógico como o abstrato, são pessoas ousadas, que
não têm medo de errar, que possuem flexibilidade conceitual e estão extremamente
motivadas para usar a sua capacidade de influência para transformar os diversos “nãos”
que escutam em “sins”.
 
Para o líder, a questão fundamental é: como desenvolver a capacidade criativa na minha
equipe?
 
O primeiro passo é verificar se, como líder, você não está bloqueando o processo
criativo da sua equipe ou, até mesmo, permitindo que este processo seja bloqueado pela
própria equipe. Um exemplo deste bloqueio ocorre em reuniões de "brainstorm",
quando o líder ou membros da equipe reagem às idéias consideradas “tolas” com
gracejos, desdém ou argumentos que deixem a pessoa constrangida.
 
Oras! Reuniões deste tipo deveriam focar na quantidade de idéias, na construção de
idéias sobre idéias, para depois, em outro momento, realizar a análise crítica.
Se isso acontece quando as idéias deveriam ser livres e bem vindas, imaginem no dia a
dia? O medo da crítica mina a capacidade criativa, afinal, ninguém quer parecer bobo
perante o time.
 
Para quem tem este tipo de atitude é bom refletir que muitas vezes, enquanto a pessoa
elabora e verbaliza a idéia, ainda não teve tempo de pensar em todas as implicações da
mesma, afinal, é muita coisa para o cérebro fazer ao mesmo tempo. Por isso, é
importante ter um momento no qual as idéias fluam livremente, sem críticas. A chance
de, no meio destas, ter algumas boas ou mesmo geniais é muito maior do que se as
pessoas ficarem com medo de serem criticadas e limitarem o fluxo de idéias.
Albert Einstein dizia: “Não existem idéias tolas, existem idéias mal compreendidas”, se ele falou, quem sou eu para negar?
O segundo passo é a criação de um ambiente descontraído. Pensemos um instante: é mais fácil criar em um ambiente leve e amistoso ou em um ambiente pesado e antagônico?
 
Depois disso é preciso nivelar as informações da equipe, pois as pessoas só terão boas idéias sobre um assunto se tiverem acesso as informações suficientes para se sentirem envolvidos e, com isso, se motivarem a por em prática as mudanças.
Para finalizar, cabe analisar e selecionar as melhores idéias. Transformar tudo isso em um plano de ação com datas, responsáveis, recursos necessários e planos de contingência.
 
Quando criamos em equipe, o melhor processo é aquele que no fim ninguém sabe exatamente quem foi o dono da idéia e quem foi o responsável pela implementação. Todos de fato contribuíram.
 
Por fim, gostaria de citar uma amiga, consultora de RH de uma multinacional, sobre o que significa hoje em dia ser um profissional talentoso. Creio que ela reflete bem a importância da criatividade em nossas carreiras.
 
Segundo ela, existem dois grupos de profissionais que as empresas querem manter. O primeiro corresponde aos que atingem e até superam as metas, os chamamos de “carregadores de piano”. Eles são importantes e as empresas se esforçam para mantê-los.
O segundo grupo corresponde aos “talentos da empresa”. São os que atingem ou superam as metas, ao mesmo tempo em que trazem inovação e mudanças.
Estes profissionais são fundamentais à sobrevivência e ao crescimento da empresa, e estas farão de tudo para mantê-los. Na verdade, este é um grupo de profissionais que pode se dar ao luxo de escolher onde vão trabalhar.
 
A pergunta que eu deixo para vocês é: como vocês querem ser reconhecidos? Como profissionais talentosos ou carregadores de piano?
Em nossas carreiras dificilmente seremos lembrados por fazer o arroz com feijão, ou seja, por entregar aquilo que se espera de nós. Mas, seremos sim lembrados pelas inovações e melhorias que realizamos e pelo quanto isso trouxe de benefícios às pessoas e à empresa.
Este certamente será a nossa marca, o nosso legado.
 
Como você está construindo o seu?
 
Juca Palácios é Coach, Professor e Palestrante da HSM Educação para cursos abertos e In Company, é especialista em Liderança e Desenvolvimento de equipes.
Contato para cursos e palestras:
Email: jucapalacios@terra.com.br
Twitter: @jucapalacios 

Sérgio (Juca) Palácios.
Professor da HSM Educação nos cursos de Executive Development Program e MBA, tanto para cursos abertos como “InCompany” nas áreas de desenvolvimento profissional e liderança, é também coach da HSM Educação para os cursos de EDP.
Engenheiro Eletrônico formado pela Escola de Engenharia Mauá, com MBA em gestão de pessoas pela FGV e certificação internacional em coaching com Joseph O’Connor pela Lambent. É Master Trainer Practicioner em PNL pela Sociedade Brasileira de PNL, tem formação como consultor DISC pela E-talent e é especialista em desenvolvimento de lideranças.
Foi executivo em diversas empresas tais como, GM, VW, Sitrack, Qualipack tendo ocupado os cargos de gerente de serviços e gerente comercial nas duas últimas. Atuou nos últimos 3 anos como consultor de empresas desenvolvendo lideranças em cursos abertos e InCompany, tendo treinado e desenvolvido milhares de pessoas em empresas como Bosch, Delphi, VW, CSN, Husqvarna, Banco do Brasil, Grupo São Martinho, Votorantim, Metro Rio, Invepar, TVA entre outras.

http://www.poliuretanonews.com.br/site/noticias/noticias_detalhes.asp?id_noticia=30

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