domingo, 6 de janeiro de 2013

A habilidade em fazer perguntas


Autora: Renata de Carvalho Jorge (renata@apoenarh.com.brda Apoena (www.apoenarh.com.br)
“A arte depensar é a arte de fazer perguntas inteligentes. As perguntas que fazemos
revelam o ribeirão onde queremos ir beber” (ALVES, 2008, p.11)
Dentre as tarefas dos profissionais que buscam a excelência uma delas é cultivar e exercitar a habilidade de fazer perguntas.
O que significa perguntar? Algumas definições: propor uma questão pedindo sua solução; nvestigar; fazer indagações; pedir esclarecimentos; interrogar tentando eliminar dúvidas ou hesitações.
Ao fazer boas perguntas, coloca-se dúvidas, varia-se os cenários, dá-se condições para sair da mesmice e buscar alternativas, formula-se problemas. E é nesse processo que o conhecimento é construído. Esse exercício de questionar e contrapor um conhecimento anterior acontece a todo momento: em sala de aula, no ambiente organizacional, no âmbito pessoal, nas situações rotineiras do cotidiano, etc.
O espírito do profissional que se supera e quer atuar como formador, líder e educador é questionador. Este profissional deve sempre manter ativo seu instinto formativo (aquele que gera crescimento) em detrimento do seu instinto conservativo (aquele que causa estagnação). Quando não se questiona, não se progride e, consequentemente mantem o outro nessa mesma situação de raciocínio estagnado e de postura fechada para o
conhecimento.
Fazendo boas perguntas(1) estimula-se os processos de crescimento pessoal, intelectual e de transformação. Fazendo boas perguntas pode-se promover verdadeiras crises de conhecimento e grandes revoluções de pensamento e conhecimento.
Mas então por que não perguntamos? Algumas possíveis respostas: receamos questionar a autoridade, pensamos que nos faz parecer vulneráveis, nos faz parecer mal informados ou também que podemos parecer rudes. Porém, em qualquer posição profissional que se assume, essa postura significa aceitar uma verdade ou um ponto de vista sem questioná-los e isso impede a reflexão e a extrapolação de idéias sobre aquele tema específico.
Pode-se concluir que as perguntas promovem a curiosidade intelectual, leva a um estado
de mobilização permanente, substitui o saber fechado e estático por um conhecimento aberto e dinâmico, enfim gera inquietações, evolução e a busca por novas percepções.
Apoio ao leitor
(1)Tipos de perguntas e quando usar.Perguntas abertas: encorajar mais opções e possibilidades
Perguntas fechadas: obter informações específicas rapidamente
Perguntas de aprofundamento: obter informações ou análises mais profundas sobre o assunto
Perguntas restritas: focar a discussão para que ela tome um determinado rumo
Perguntas de sumarização: criar uma convergência na discussão
Referências bibliográficas
ALVES, Rubem. O melhor de Rubem Alves. In: LAGO, Samuel Ramos. (org). Curitiba:
Editora Nossa Cultura, 2008.
BACHELARD G. A formação do Espírito Científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Rio de Janeiro: Contraponto, p. 16 – 28, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.

Fonte: http://www.apoenarh.com.br/collaborativenews-3-a-habilidade-em-fazer-perguntas

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