sábado, 10 de dezembro de 2011

Verdade nua e crua

Verdade nua e crua
Por Fernanda Ricc para o RH.com.br 

Chegando à minha casa em um dia desses, procurando algo para relaxar, liguei a TV e peguei meu atual livro de cabeceira. Sim eu leio, vendo tv! O livro abordava o assunto "quebrar regras" que não fazem sentido, ousar, mudar crenças e na tv o filme "Verdade Nua e Crua" que derruba as máscaras dos relacionamentos. Minha cabeça começou a ferver, ligando uma coisa com a outra. Isso que dá ter cérebro de mulher, algumas verdades nuas e cruas borbulharam.
Vocês já repararam na quantidade de coisas que nos são apresentadas todos os dias, propondo inovação, romper barreiras, mudar o antigo, entre outros apelos entusiastas por mudanças?
Em toda parte encontramos livros, artigos, produtos e slogans dizendo: "Mude isso!" ou "Faça diferente!". Mas a verdade é: quantos estão, realmente, preparados para isso? Quantos querem, der fato, sair da zona de conforto e ir para a zona de "confronto"? Confronto com regras que simplesmente limitam e não ajudam, em nada, a superar preconceitos sem sentido, crenças do século retrasado.
A sociedade, as empresas e as pessoas de hoje têm a oportunidade de viver o passado, o presente e o futuro, ao mesmo tempo. As regras do século passado esbarram na evolução diária da tecnologia que, por conseqüência, traz comportamentos "estranhos" aos que nasceram há três ou quatro décadas atrás. Uma miscelânea graças à longevidade que aumenta e junta ou separa gerações e atitudes.
Vamos pensar mais especificamente nas empresas e seus colaboradores. Eu faço uma aposta agora: quantos de vocês têm coragem ou oportunidade de sair de casa para trabalhar numa segunda feira vestindo seu jeans mais confortável, uma camiseta pink e um "all star" nos pés?
E se tivessem essa coragem, quantas empresas iam apenas notar a alta ou a baixa produtividade de vocês? E aquelas pessoas que são reprimidas pela sociedade corporativa por terem o riso fácil, contarem piadas e gostarem de ter um elefantinho indiano na mesa de trabalho? Elas são menos competentes do que as pessoas que estão "no seu quadrado"? Pense um pouco sobre isso.
Fala-se muito sobre liderança participativa, mas quase nenhum líder consegue confiar no trabalho de seus colaboradores o suficiente para deixá-los fazer o seu melhor, sem que eles sintam sua respiração na nuca. É preciso dar liberdade para que as pessoas mostrem a que vieram, desempenhem o seu melhor sem medo de se sobressaírem.
Pedimos ao RH pessoas criativas, ousadas e proativas, mas na primeira ideia, na reunião de "brainstorming", todos se olham e criticam "o ousado".
A verdade nua e crua é que ainda falta muito para desatolarmos nossos pés de velhos hábitos. O mundo já tem coisas ruins suficientes para criarmos mais uma barreira e a pior delas, aquela que separa o que realmente somos daquilo que precisamos ser para sermos aceitos.
Tentar não mata ninguém! Vamos reconhecer o melhor em nós mesmos e nos outros e tirar proveito positivo disso, e ainda começar um projeto totalmente gerido por nossas equipes em que o papel principal do líder é amparar, ou melhor, ainda tentar aceitar as pessoas como elas são e deixá-las serem produtivas com autenticidade. E ai? Vamos tentar?
Produtividade e diversão já!

Palavras-chave: | inovação | produtividade |

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