quinta-feira, 26 de novembro de 2009

PESQUISA SOBRE ESTUDO DE CASO

 

PESQUISA SOBRE ESTUDO DE CASO

 

 



CONCEITO


É “uma inquirição empírica que investiga um fenômeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real”, no qual os comportamentos relevantes não podem ser manipulados, mas onde é possível se fazer observações diretas e entrevistas sistemáticas. Caracteriza-se pela “capacidade de lidar com uma completa variedade de evidências - documentos, artefatos, entrevistas e observações” (YIN,1989,p.19,apud Bressan, 2000). 

O Estudo de Caso é preferido quando: o tipo de questão de pesquisa é da forma “como” e por quê?;

Quando o controle que o investigador tem sobre os eventos é muito reduzido; ou quando o foco temporal está em fenômenos contemporâneos dentro do contexto de vida real. 


ORIGEM


A origem do termo “estudo de caso” remonta à pesquisa média e psicológica referindo-se à análise minuciosa de um caso individual, explicativo de patologias. Caracteriza-se o estudo de caso como uma modalidade de estudo nas ciências sociais, que se volta à coleta e ao registro de informações sobre um ou vários casos particularizados, elaborando relatórios críticos organizados e avaliados, dando margem a decisões e intervenções sobre o objeto escolhido para a investigação. 

 

APLICAÇÃO


·                    Explicar ligações causais em intervenções ou situações da vida real que são complexas demais para tratamento através de estratégias experimentais ou de levantamento de dados;
·                    Descrever um contexto de vida real no qual uma intervenção ocorreu;
·                    Avaliar uma intervenção em curso e modificá-la com base em um Estudo de Caso ilustrativo; 
·                    Explorar aquelas situações nas quais a intervenção não tem clareza no conjunto de resultados.

Fonte: 
"Case Study Research: design and methods" Robert K. Yin 
Tradução e síntese: Prof. Ricardo Lopes Pinto 
Adaptação: Prof. Gilberto de Andrade Martins 


CARACTERÍSTICAS


O estudo de caso é um dos vários modos de realizar uma pesquisa sólida. Outros modos incluem experiências vividas, histórias, e a análise de informação de arquivo (como em estudos econômicos). Cada estratégia tem vantagens e desvantagens que dependem de três condições:
1)                  O tipo de foco da pesquisa;
2)                  controle que o investigador tem sobre eventos comportamentais atuais, e
3)                  enfoque no contemporâneo ao invés de fenômenos históricos. Em geral, estudos de casos se constituem na estratégia preferida quando o "como" e/ou o "por que" são as perguntas centrais, tendo o investigador um pequeno controle sobre os eventos, e quando o enfoque está em um fenômeno contemporâneo dentro de algum contexto de vida real. 

Estudos de casos podem ser classificados de várias maneiras: explicativos, cognitivos e expositivos.
 
[Fonte: http://recep.linkway.com.br/recep1999/estudo.html Guilherme Lima Hildebrand] 


PONTOS POSITIVOS


·                     Personaliza a formação, os formandos envolvem-se individualmente na análise do caso e responsabilizam-se pelas propostas de solução;
·                     Fomenta a cooperação, desenvolvendo atividades de grupo;
·                     Desenvolve capacidades comunicativas; uma vez que se aprende a escutar e a argumentar;
·                     Permite a todos os participantes estudar e tomar consciência das variáveis do comportamento humano;
·                     Provoca mudanças nos saberes e nas atitudes;
·                     Traz a realidade para a sala de formação; a situação descrita no "caso" é concisa e real.

PONTOS NEGATIVOS


·                     Não é uma situação experiencial; a solução não é testada e, logo, não se avalia os seus efeitos;
·                     Exige um formador com muita experiência na técnica do debate;
·                     É necessário muito tempo para ser eficaz como método de aprendizagem;
·                     Como não há soluções certas, os formandos podem sentir-se inseguros e frustrados;
·                     O debate pode ser monopolizado por um formando mais argumentativo;
·                     Nem todo o tipo de formandos consegue aprender com este método.

Esta técnica é, no entanto, considerada excelente para desenvolver capacidades de análise, de argumentação e suscitar mudanças nos comportamentos sociais. 


UTILIZAÇÃO NA ÁREA DE RH

Aplica-se em trabalhos vivenciais que envolvam avaliação da capacidade de desenvolvimento das pessoas; racionalização de operações; dinâmicas de grupos para seleção de gerentes e supervisores; burocratização demasiada das organizações; treinamentos; supervisão, entre outros, onde a tomada de decisão interfere no sucesso do titular do cargo.

O profissional que for utilizar o recurso para suas atividades, pode enriquecê-lo com a elaboração de perguntas mais especificas, dependendo do processo que o profissional de Recursos Humanos esteja conduzindo.

É um modo de aprendizagem vivencial,  um ciclo que ocorre quando uma pessoa se envolve com uma atividade, analisa a atividade criticamente, extrai algum insight útil dessa análise e aplica seus resultados. Este processo é vivenciado espontaneamente na vida normal de qualquer pessoa. Este ciclo envolve um processo indutivo, partindo da simples observação.

Uma vantagem na aplicação do estudo de caso é que além de trabalhar os conceitos, ou seja, o hemisfério esquerdo do cérebro os treinandos também podem trabalhar as experiências e o afeto das pessoas envolvidas, de forma a promover verdadeiras mudanças de comportamentos.



WEBGRAFIA:






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