sábado, 30 de março de 2013

Pesquisa revela “valores” e destaca inovação


Por Carlos Faccina (15/03/2013)

Os valores revelados por uma organização formam os pilares que sustentam o seu desenvolvimento. É por eles que todos os seus colaboradores se orientam para tomar as decisões diárias. Eles mostram como as empresas procuram se posicionar diante de todos os seus stakeholders: clientes, colaboradores, fornecedores e as instituições locais com as quais se relacionam.

Essa identidade revelada deve ser observada como referência para construção de nossa carreira porque demonstra se o que é importante para as empresas está alinhado ao seu perfil profissional e pessoal.

O Índice Internacional de Valores Corporativos 2013®, revelado em relatório produzido pela ECCO, Rede Internacional de Relações Públicas, indica que a “inovação” superou a “qualidade” entre os valores corporativos pesquisados entre organizações de 13 países.

O indicador analisou o perfil de mais de 4,3 mil empresas da Austrália, Áustria, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Espanha, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos. O estudo identificou 22.993 valores, uma média de 5,29 por organização.

A mudança de prioridade entre qualidade e inovação, que inverteram suas posições de liderança se comparadas com as pesquisas anteriores de 2009 e 2006, reproduzem a mudança de ambiente competitivo naqueles países, que está colocando as organizações em posição de risco. Não basta mais fazer direito (com qualidade) aquilo que já se faz bem. É preciso descobrir coisas (ou formas) novas (e sustentáveis) para fazer sucesso no curto e médio prazos.

Se isso é fato e a inovação é tão importante (um valor essencial para a organização), é de se esperar que essa propensão ao risco também se reflita no modelo de gestão e na conduta das lideranças ainda tão engessadas em posturas rígidas e inflexíveis (leia "Empresa quer inovação e empregado quer sobreviver").

No post "Não dá para gerenciar pessoas por sistemas", falei de um mundo corporativo em que vale a linguagem dos resultados. A adoção de modelos sistêmicos trouxe “conforto” aos gestores em fórmulas e métodos para resolver problemas e organizar ambientes complexos. Somos filhos bastardos da administração científica e da qualidade total, que têm raízes na crença de que pessoas podem ser “moldadas” ou “transformadas” em ambientes controlados. São essas as tais caixas em que nos colocaram e parece que as empresas estão querendo sair dessa armadilha.

Para quem quer desenvolver uma carreira, capacidade de compreender esse movimento que atinge as empresas é muito importante. Inovação depende diretamente da criatividade, o que é um atributo exclusivo do ser humano.

De acordo também com a pesquisa ECCO, os valores como ambição, determinação, crescimento e desempenho estão ganhando importância e os resultados estão diretamente ligados ao oferecimento de condições necessárias para a sua obtenção. Daí o crescimento na importância de valores comportamentais e de relacionamento, o que também explica o aumento na importância de termos como “eficiência”, “reputação”, “confiança” e “satisfação do cliente”.

Não podemos perder de vista o destaque concreto para os conceitos de responsabilidade social e sustentabilidade revelados em expressões claras como “tecnologias sustentáveis” e “gerenciamento sustentável”.

Fonte: http://www.learning-performancebrasil.com.br/home/artigos/artigos.asp?id=8051

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