sábado, 30 de março de 2013

Novas reflexões sobre a liderança



Sempre durante a realização dos cursos, workshops e palestras sobre o tema liderança, faço a seguinte pergunta aos participantes: "Qual é a parte mais importante do corpo humano?". Geralmente, as respostas mais comuns são: coração e o cérebro. Então, eu questiono! O corpo sobrevive só com esses dois órgãos? E prossigo, dizendo: o corpo vive sem o fígado, mesmo sendo menor do que o coração? Consegue viver sem os pulmões e os rins? Todos os órgãos precisam funcionar em harmonia para que o corpo não adoeça. Assim é uma organização, onde todas as pessoas têm o seu valor e a sua importância, independente de sua posição, função ou área de atuação, todas as pessoas são valiosas e devem ser valorizadas e respeitadas.

Mas como fazer com que as pessoas sintam-se valorizadas e motivadas? Essa é outra pergunta bem comum. Digo que devemos sempre observar, enxergar e escutar mais, conhecendo e respeitando as individualidades e construindo com elas. Cada pessoa requer uma estratégia certa para que se consigam os melhores resultados, tornando fundamental para isso, entender seus comportamentos de modo a potencializar suas competências. Torna-se, ainda, necessário para que isso aconteça que os verdadeiros líderes entrem em ação.

Infelizmente boa parte das empresas no Brasil ainda não possui programas consistentes e contínuos de desenvolvimento de líderes. Segundo o levantamento Best Companies for Leadership, da consultoria global de Gestão de Negócios, Hay Group, que apurou as 20 melhores empresas em liderança ao redor do mundo, ou seja, o TOP 20 mundial (onde as três primeiras são a General Electric, a Procter & Gamble e a IBM), os executivos entrevistados colocaram o desenvolvimento de novas lideranças como a grande prioridade das empresas.

Já no Brasil, a realidade é bem diferente. Pesquisa realizada pelas consultorias Empreenda e HSM, constataram que 71% dos entrevistados acreditam que não contam com líderes suficientes para sustentar as estratégias das suas empresas nos próximos anos.

Outro levantamento realizado pela Robert Half, especializada em recrutamento, destacou que 64,2% dos entrevistados revelaram que suas empresas não possuem programas sistemáticos para identificar e desenvolver líderes.

Observo em minhas pesquisas muitas empresas promovendo bons colaboradores para cargos de liderança sem o mínimo preparo para exercer essa nova atividade. E infelizmente, boa parte dessas empresas perde bons colaboradores e ganha péssimos chefes. Mas, por que isso acontece? Geralmente, esses bons colaboradores entendem muito bem de coisas e para liderar é fundamental que se entenda de gente, ou seja, torna-se necessário o desenvolvimento e o aprimoramento de competências humanas ou comportamentais.

É importante salientar que os líderes não nascem prontos. A liderança é uma habilidade desenvolvida e refinada e que pode ser aprendida por qualquer um. Por isso, a formação e o desenvolvimento contínuo de líderes deve ser uma grande prioridade das empresas brasileiras, independente do seu ramo de atuação.

O processo de se tornar um verdadeiro líder é árduo, embora altamente recompensador; um caminho de contínuo aprendizado, onde o autoconhecimento e o autodesenvolvimento devem ser seus companheiros inseparáveis. Precisamos de líderes que inspirem e sejam verdadeiros exemplos.

Como diz John C. Maxwell (autor de diversos livros na área de liderança e grande estudioso do assunto): "Tudo começa e termina na liderança". Isso significa que os líderes inevitavelmente melhoram ou complicam a vida das pessoas.

Fonte: RH.com.br
 Data: 13/03/2013
 http://www.learning-performancebrasil.com.br/home/noticias/clipping.asp?id=8046

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