Especialistas explicam que a classificação varia de empresa para empresa e é feita com base nos conhecimentos e experiências.
Por Rômulo Martins

Segundo especialistas, as nomenclaturas têm a ver com a formação (ou competências), tipo e tempo de experiência profissional. “Quem está no início da carreira assume funções básicas. É enquadrado, portanto, no nível junior”, explica Melissa Campos, da MCampos Consultoria.
O coach Homero Reis, presidente da Homero Reis e Consultores, afirma que o nível profissional está atrelado às responsabilidades que o indivíduo tem ao assumir um cargo. “Antes essa definição era feita com base no conhecimento e tempo de experiência. Hoje a habilidade relacional ou comportamental é tão importante quanto os outros requisitos.”
Segundo a consultora Melissa Campos, o profissional pleno possui nível de maturidade para tomar algumas decisões, desde que endossadas por um superior. Já o sênior tem autonomia suficiente para responder por um projeto ou negócio.
Melissa explica a ligação entre formação e nível profissional. “Digamos que o junior precisa de uma graduação, o pleno de uma especialização e o sênior de duas ou mais especializações e fluência em um idioma estrangeiro.”
Vale lembrar que os níveis junior, pleno e sênior impactam diretamente na remuneração do profissional.
Não se prenda aos nomes
De acordo com os consultores de carreira, os profissionais não devem se prender a essas nomenclaturas. “O que é junior para uma empresa pode não ser para outra”, aponta Melissa. A especialista ressalta que a classificação vai depender do porte e da cultura empresariais. “Atenha-se ao que a empresa pede.”
O consultor Homero Reis concorda. “Não há um padrão para esse tipo de classificação no universo corporativo. A nomenclatura vale muito mais para descrever as competências, ou seja, as atitudes e habilidades que o profissional possui. Isto tem muito mais visibilidade no currículo do que uma designação.”
Segundo o consultor, o profissional só deve mencionar o nível no currículo se puder comprovar. “Se o indivíduo é filiado a um instituto que o credencia como profissional master, por exemplo, tudo bem. Agora, se ele não tem como comprovar o título, é melhor não citar.”
Entenda a diferença entre os níveis*
Nível
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Tempo de experiência
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Formação
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Responsabilidades
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Trainee
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2 a 2 anos e meio
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Recém-graduado
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Tarefas de pequena ou média complexidade em área(s) específica(s). Elabora projetos (sob supervisão)
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Junior (JR)
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até 5 anos
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Recém-graduado
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Funções de procedimentos simples ou que não exigem profundo conhecimento em um ramo de atuação
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Pleno (PL)
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6 a 9 anos
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Pós-graduado
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Atividades específicas, que exigem profundo conhecimento. Toma decisões endossadas por um superior.
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Sênior (SR)
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a partir de 10 anos
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Pós-graduado + Gestor
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Toma decisões. Age de forma autônoma, com base no conhecimento e experiências adquiridos ao longo da carreira. Gere pessoas e projetos.
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Master
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15 anos ou mais
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Pós-graduado + Gestor + Certificações
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Atua fora do processo de supervisão ou por demandas. Gere projetos / negócios. Possui autonomia plena.
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*fontes: Homero Reis (Homero Reis e Consultores) e Melissa Campos (MCampos Consultoria).
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