Empresas usam esportes radicais no treinamento

Gestão de Pessoas Empresas usam esportes radicais no treinamento Andar sobre copas de árvores, descer as corredeiras de um rio, e escalar rochas são esportes radicais que passaram a fazer parte da rotina de trabalho de alguns executivos. GABRIELA GODOI Andar sobre copas de árvores, descer as corredeiras de um rio, e escalar rochas são esportes radicais que passaram a fazer parte da rotina de trabalho de alguns executivos. Os departamentos de Recursos Humanos das empresas vêm utilizando técnicas de esportes radicais para integrar e treinar colaboradores, aumentando a produtividade de seus profissionais. A Amil utiliza os treinamentos ao ar livre há mais de 10 anos, toda vez que a área de RH identifica a necessidade de integrar uma equipe, introduzir novos colaboradores, motivar times. A empresa que organiza o processo para a Amil é a Dismore Associates. Segundo Claudia Danienne Marchi, gerente de treinamento e desenvolvimento da Amil, a proposta é estudar o comportamento das pessoas em situações relacionadas ao dia-a-dia. – Atividades como saltar em árvores representa superar medos e desafios. A pessoa vê qual o momento de ser ousado, recatado – avalia. Os funcionários são convidados a participar, sem obrigação. Quem não se sentir a vontade, pode recusar. Os treinamentos costumam durar de dois a três dias, em hotéis fazenda fora do Rio. A Amil já fez treinamentos em Teresópolis e Itatiaia. Comportamento O foco é muito mais comportamental do que técnico. “A idéia é integrar as equipes a todo o momento. Ninguém fica sozinho. Nem na hora de dormir, porque os quartos são duplos. Quando envolvemos regionais diferentes, os integrantes se misturam”, resume Claudia. O RH da Amil faz um briefing sobre o objetivo a ser alcançado e passa a empresa organizadora, que desenvolve os jogos. Os resultados podem ser aferidos com a melhoria do clima organizacional e a intensificação da comunicação entre os colaboradores, o que depende da fundamentação dos programas. A formação em Psicologia ajuda as sócias da Simbolicah, Simone Lucca Kahariti e Valdenice Vera Sanchez, a oferecerem atividades que trazem retorno para os clientes, formados por médias e grandes empresas. As empresárias preferem o interior de São Paulo, cidades como Brotas e Campos de Jordão, para o treinamento. Segundo Flora Guerra, consultora de negócios da Simbolicah, idade e mal condicionamento físico não são empecílios para participar das atividades. Escalada e rafting Somente pessoas com problemas físicos são proibidas de participar de provas como escalada e rafting. “O enduro a pé é uma prova de localização, uma caminhada de nível médio. As equipes precisam ir de um ponto A a B, passando por postos de controle,” conta. Flora lembra que quando os profissionais não podem participar de atividades físicas, são envolvidos nas provas de inteligência. O trabalho não termina com a execução das atividades. Após o encontro, há uma avaliação com relatório de diagnóstico que mostra uma visão global da equipe, com os pontos fortes e os que precisam ser mais trabalhados. Felício Ferraz, gerente de trade marketing da regional SP3 da Souza Cruz, utilizou o rafting para unir sua equipe há um mês. Executivos entre 30 e 60 anos fizeram analogias entre as dificuldade de manter um bote navegando em águas revoltas com os percalços do mercado. “Quando assumi a equipe, ela não estava integrada, mas desmotivada. Além disso, não me conheciam. Como tinha a experiência anterior na própria Souza Cruz, pensei ser uma boa idéia”, conta, lembrando que, há oito anos, a empresa trazia profissionais estrangeiros para realizar o trabalho. Ferraz lembra que o rio era o mercado, as pedras, a concorrência. As balizas, pelas quais os botes deveriam passar, eram os consumidores, que, segundo ele, não poderiam ser incomodados. Após a atividade, todos se reuniram para discutir a experiência. “Hoje somos mais unidos, mas às vezes, envio mensagens a todos relembrando os ensinamentos do treinamento. Pretendo utilizar com freqüência esse tipo de atividade, que não tem cara de trabalho”, lembra. SERVIÇO Simbolicah, 0xx11-5549-4681 Fonte: http://www.albertoclaro.pro.br/noticia.asp?codigo=423&COD_MENU=110