segunda-feira, 31 de maio de 2010

Estudo aponta as habilidades do empresário inovador

Estudo aponta as habilidades do empresário inovador
THE NEW YORK TIMES

Um novo estudo destaca as habilidades chaves que empreendedores inovadores e criativos precisam desenvolver.

Há cinco habilidades de “descoberta” necessárias, mas não é preciso ser “bom em tudo”, de acordo com Hal Gregersen, professor do Instituto Europeu de Administração de Negócios (INSEAD) e co-autor de um estudo de seis anos em inovação disruptiva envolvendo 3.500 executivos.

As cinco habilidades, segundo Gregersen, representam um hábito, uma prática, uma forma de viver, para inovadores. Apesar de Gregersen e seus co-autores usarem a metáfora do DNA, empresários inovadores não nascem assim; na verdade, aprendem a sê-lo.

– Cada um possui um único e fixo DNA físico – observa Gregersen – mas, em termos de criatividade, cada um possui um grupo único de habilidades que será capaz de aprender e do qual depende para ter as ideias que o guiarão.

Associar - Empresários criativos ligam os pontos para fazer conexões inesperadas. Eles combinam partes que parecem desconexas até formar uma nova ideia inovadora.

Observar - Segundo Gregersen, alguns dos empresários mais inovadores são intensos observadores, Ele cita Scott Cook, fundador da Intuit, empresa de software americana, que foi um dos entrevistados no estudo.

– Cook observou o quanto a sua esposa se sentia frustrada calculando as finanças do casal, manualmente.

Ela comprou alguns softwares que eram frustrantes e irritantes. A partir desse momento, ele pensou que seria capaz de desenvolver um produto que auxiliasse a esposa a resolver o problema de forma mais eficiente e desenvolveu o o software Quicken – relata Gregersen.

Experimentar - Enquanto Jeff Bezos, fundador da Amazon – empresa de comércio na internet – crescia, passou alguns verões na fazenda do avô. Sempre que as máquinas quebravam, o avô tentava consertá-las sozinho, com ajuda de Bezos, conta Gregersen. “Eles experimentavam, tentando isso e aquilo, até que elas voltassem a funcionar. Jeff cresceu com esse tipo de atitude e forma de pensar: se a pessoa tiver de encarar um desafio, ela poderá achar a solução. Isso deu origem à Amazon.

Perguntar - As perguntas estão no centro do que fazemos. Nós podemos observar o mundo ou fazer experiências, “Mas se eu não tiver perguntas em mente, é muito provável que eu não obtenha observações ou discernimentos ou não entenda ou descubra algo que eu não conhecia antes”, observa o co-autor do estudo.

Rede de comunicação - Normalmente, quando pensamos em redes de comunicações, pensamos em termos de trabalho, carreira ou talvez vida social. Mas quando se trata de criatividade, elas tomam um significado diferente.

– Inovadores têm a intenção de encontrar pessoas diferentes que sejam justamente o oposto deles, com quem possam conversar para obter ideias que os desafiem seriamente. Esses diferentes tipos de posicionamentos nas conversas permitem o surgimento de novas idéias – explica o pesquisador.

As diferenças podem ser quanto ao sexo, atividade de trabalho, idade, país de origem e, até de princípios políticos.

Para Gregersen, as cinco habilidades de descoberta podem parecer intuitivas, mas executá-las é contra-intuitivo.

O conselho dele é: comece a agir como criança.

– Não 100% do tempo, o que seria absurdo. Somos adultos e precisamos administrar negócios.

Mas em 20% do tempo, é importante agir como uma criança de quatro anos de idade novamente, já que todas essas habilidades são o que uma criança dessa idade possui. Elas fazem milhares de perguntas, observam intensamente e conversam com todas as pessoas – diz.

Todos fizemos essas coisas aos quatro anos de idade. Mas muitos sistemas escolares e coorporativos dizem para não fazer isso ou aquilo, e perdemos nossa capacidade criativa. Essa habilidade, no entanto, não é perdida para sempre. É possível obtê-la novamente, destaca Gregersen.

A sugestão é pegar um papel e, se a pessoa tiver um problema, separar alguns minutos por dia para fazer anotações sobre o problema. De acordo com o pesquisador, depois de um mês ou mais, as perguntas irão mudar, assim como o nosso entendimento fundamental do problema, o que nos leva a uma solução que nunca tínhamos pensado antes. É importante também fazer anotações ao observar os outros.

– Afaste-se (do problema ou da situação), converse com as pessoas sobre o que você aprendeu, o que lhe surpreendeu, o que era interessante.

Converse com alguém que seja muito diferente de você. São coisas que podemos fazer e não tomam muito tempo – conclui o pesquisador.

Tradução: Maíra Mello

Sábado, 16 de Janeiro de 2010


http://gestaopratica.blogspot.com/2010/01/estudo-aponta-as-habilidades-do.html

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