segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O CICLO DE APRENDIZAGEM VIVENCIAL

O CICLO DE APRENDIZAGEM VIVENCIAL
Em 1984, David Kolb, publicou o livro Experiential Learning: Experience as the Source of Learning and Development(  Aprendizagem Experiencial: A experiência como fonte de aprendizagem e desenvolvimento). Nele, Dr. Kolb traz uma abordagem  que permite perceber o método ou sistema que os indivíduos, os grupos e as organismos se utilizam  para dar um sentido às suas experiências. O método experiencial.

Segundo Kolb, diferentemente de qualquer metodologia expositiva, em geral apenas “mental”, o método experiencial, quando corretamente aplicado, mobiliza as diferentes dimensões humanas: física – com as atividades que requerem esforço e atividade física; mental – o pensar, o planejar, o analisar eemocional, pois através do lúdico, o treinando é lançado num paralelo como seu dia a dia e envolve-se de tal forma, que age e reage da mesma forma como se estivesse no mundo real da organização ou do trabalho.

Costumo brincar com os treinandos dizendo que não se aprende se não passamos pelo ciclo da VACA! Vivência, Análise, Conceituação e Aplicação.

Estas são as quatro etapas básicas do processo de aprendizagem vivencial. É neste pressuposto que o treinamento experiencial ao ar livre - teal® se apóia.

Ele funciona mais ou menos assim: Dado um desafio, uma Vivênciamotivacional, lúdica, que envolve o treinando, desafiando-o e estimulando-o ao agir, o grupo trabalha em conjunto, com as iniciativas de cada um dos membros, na solução ou superação do desafio, a partir das regras colocadas. Após esta vivência, onde os saberes, as habilidades e os comportamentos foram mobilizados e um resultado foi alcançado, positiva ou negativamente; o Facilitador ajuda o grupo, através de perguntas e observações, a Analisar sua performance: o que os membros fizeram? Qual era o objetivo da atividade? Como se sentiram realizando a tarefa? Que estratégia utilizaram? O que funcionou? O que não funcionou? Por que não funcionou?

O grupo vai, então, refletindo, pensando, comparando, compartilhando idéias e conceitos de modo a construir Generalizações, que reforçadas com as teorias, são transformadas em Conceituações.  Basicamente, o grupo constrói analogias do tipo “Se, então”. A partir desta fase, o Facilitador pede ao grupo que comece a pensar em paralelos, metáforas, correlações com o dia a dia, com a vida real, o mundo concreto.

Neste momento, os insights se dão e os treinandos vão comparando suas ações e realizações, seus comportamentos com as situações do cotidiano e obtendo feedbacks sobre que comportamentos agregam ou não aos resultados em equipe; que competências possuem e quais lhes faltam. Deste modo, ele está pronto para a Aplicação, ou seja, para numa nova situação vivencial, refazer suas ações mais alinhadas ao aprendizado obtido. Quando digo que está pronto, não me referi a estar treinado, capacitado ou com uma nova competência  instalada. Não é tão fácil ou simples assim.
Um treinamento experiencial não é, sozinho, o suficiente para treinar ou capacitar alguém. Ele é o pontapé inicial. É a sensibilização. É uma das técnicas necessárias para ajudar o treinando a perceber como age e entender a importância de mudar. É o início de um processo, que se apoiado em mais e mais treinamentos, feedbacks, coachings e outras ferramentas de desenvolvimento, criarão a base para um novo patamar de capital intelectual nos colaboradores, nas equipes e, consequentemente, na organização .




Autora: Lucimar Delaroli, é mestranda em Gestão do Conhecimento, pala Universidad de Léon (Espanha), psicóloga, consultora em gestão de pessoas, Facilitadora de treinamentos experienciais na Dinsmore Associates.

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