domingo, 7 de novembro de 2010

Lugar de um bom executivo é na escola

Lugar de um bom executivo é na escola

Profissionais procuram os melhores cursos de negócios para se atualizar e ganhar mais

21 de junho de 2010 | 10h 43
Clara Massote, especial para O Estado
SÃO PAULO - De terno e gravata, maleta na mão,o executivo caminha determinado pela avenida movimentada. Seu destino? A sala de aula. "Esses profissionais trabalham o dia inteiro e, no fim do dia,dedicam o tempo livre aos estudos", diz o diretor educacional Adalberto Fischmann, da Fundação Instituto de Administração (FIA), uma das mais influentes escolas de negócios do País.
Esta tem sido a rotina do gerente de Desenvolvimento de Mercado Rodrigo Solano, da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A necessidade de atualização na área o levou a ingressar no MBA Executivo de outra escola, a Brazilian Business School. "Atuo na área internacional e sentia que precisava trazer conhecimento ao meu trabalho. Agora, tenho a cabeça aberta para outras culturas de mercado." Ele diz que seu departamento deu um salto após sua capacitação. "Aos poucos, as ideias vão sendo postas em prática."
Com inúmeras opções para quem pretende se qualificar na área corporativa, as escolas de negócios brasileiras são reduto de toda sorte de empreendedores e executivos. Algumas delas, como a FIA, a BBS, a Fundação Getúlio Vargas(FGV) e a Fundação Dom Cabral(FDC)vêm recebendo destaque em rankings de jornais e revistas internacionais especializados na área. O MBA, que qualifica profissionais da area de gestão e exige mais experiência, é o mais procurado.
"A maioria dos que procuram um MBA quer dar uma virada na carreira ou se preparar para uma oportunidade maior, como um cargo internacional", diz a coordenadora do One MBA, da FGV, Marina Camargo. O curso é um dos mais importantes da fundação, e enfatiza a internacionalização do aluno por meio de vivências em escolas dos EUA, da Europa e da Ásia." O aluno tem contato com pessoas de todo o mundo. De que adianta ser um ótimo executivo se ele não consegue entender a maneira de pensar de um cliente chinês?"
Oportunidade
A riqueza cultural foi um dos maiores benefícios do ex-aluno do curso da FGV Sérgio Rebêlo. "Percebo que, agora sim, tenho uma atuação direcionada para que as coisas deem certo", diz. "Como ver uma oportunidade de negócio onde antes não veria, por exemplo." Quanto aos resultados financeiros e de carreira, Rebelo não hesita. "O sentido de fazer um curso desses não está na objetividade, mas na experiência em si. Ele dá as ferramentas, e você se ocupa dos resultados."
Benefícios à parte, a peneira na seleção de MBAs,especializações e cursos de curta duração nessas escolas parece mesmo ser o orçamento do aluno. Os programas mais caros chegam a custar dezenas de milhares de reais, o que torna a empreitada um investimento pesado, caso não haja o eventual patrocínio da empresa em que trabalha.
Mas parece valer a pena. "Temos dados pontuais de ex-alunos que dobraram os rendimentos poucos meses após a conclusão do curso", diz Fischmann,da FIA. "Há até casos em que o investimento do programa inteiro é pago em 60 dias". Fischmann Ressalta a importância do aperfeiçoamento na área corporativa com casos, digamos, da vida real.
"As recentes crises financeiras nos mostram o quanto a área executiva está mudando. Há pouco tempo não se falava em ética, em governança corporativa. Por isso, as atualizações são fundamentais: para mostrar ao gestor que é necessário estar sintonizado com novas tendências. O seu concorrente agora não está só do seu lado, mas em qualquer lugar do mundo", avalia.
O fato é que todas as áreas ligadas a negócios - marketing, tecnologia da informação, logística ou varejo - são contempladas, nessas escolas, por MBAs ou cursos de pós graduação. E para quem tem dúvidas quanto aos benefícios que oferecem à carreira, Fischmann afirma: "O reconhecimento é inevitável."

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